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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Jornalistas do Grupo RBA garantem aumento salarial de 30%


“Saímos vitoriosos desta luta. Mostramos para o Brasil que só com a união e a força da categoria conseguiremos assegurar nossos direitos. Há vinte seis anos não se via uma manifestação desta magnitude. Os jornalistas paraenses mostraram seu verdadeiro valor”, comemorou a presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), Sheila Faro, após a assinatura do acordo coletivo com o Grupo RBA.

O acordo foi fechado na noite desta sexta-feira, 27, entre o Sinjor-PA e o Grupo RBA. Dentre os itens acordados estão a instituição do piso salarial para os jornalistas do Diário do Pará, Portal Diário Online e TV RBA, que passa dos atuais R$ 1.000 para R$ 1.300, a partir do dia 1º de outubro. O valor representa o aumento de 30%, um dos maiores reajustes salariais de todo o país. Em abril de 2014, este mesmo piso será elevado para R$ 1.500.

Também ficou acertado a reposição integral da inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, no período de 2012/2013, para quem não ganha o piso; a garantia de estabilidade de 45 dias no emprego para os trabalhadores, o pagamento dos dias parados e a compensação em até três meses dos dias em que os funcionários estiveram em greve.

Para Sheila Faro, o acordo representa um avanço na história do jornalismo paraense, pois o Sindicato sai fortalecido e se destaca como legítimo representante da categoria. “Este acordo foi um divisor de águas que ficará marcado para sempre no cenário local e nacional", disse.

De acordo com a presidente, tudo começou com a campanha "Jornalista Vale Mais", que levou os jornalistas paraenses para a rua. "Esse movimento aliado à coragem dos trabalhadores do grupo RBA, mostrou pra sociedade todos os problemas enfrentados pela categoria dentro das redações. Os jornalistas estão de parabéns", destacou.

"Fizemos dois protestos em frente à empresa, mas os jornalistas queriam mais e decidiram pela greve. Tudo isso servirá de parâmetro para as futuras negociações com os jornalistas que trabalham em outros veículos de comunicação. Mais uma vez a história comprova que só existe vitória por meio da união. Jornalista vale mais”, concluiu a presidente.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jornalistas rejeitam nova proposta do Grupo RBA e permanecem em greve no PA


Na última quarta-feira, 25, os funcionários do jornal Diário do Pará, Portal Diário Online e TV RBA, em greve há seis dias por melhores condições de trabalho, rejeitaram uma nova proposta do Grupo RBA, proprietário dos veículos. A empresa ofereceu R$ 1.300 de salário (o valor atual é RS 1.000) e um mês de estabilidade.

A maioria dos grevistas chegou à conclusão de não houve nenhum avanço em relação às propostas apresentadas anteriormente, de acordo com o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA). Na última quinta-feira (19/9), um dia antes de a greve ser deflagrada, a direção já havia oferecido os mesmos R$ 1.300 de salário, além de seis meses de estabilidade.

“Se a empresa achava que conseguiria enrolar os funcionários, ela pode ter certeza que deu um tiro no pé”, enfatizou Sheila Faro, presidente do sindicato, à IMPRENSA. A jornalista classificou a proposta como “vergonhosa”.

Desde o início da paralisação, atos públicos são realizados diariamente às 17h, na frente da empresa, fechando a avenida Almirante Barroso, principal corredor de tráfego de Belém (PA).

Em assembleia geral, os profissionais decidiram manter a defesa do piso salarial, da estabilidade e consideram importante a readmissão do jornalista Leonardo Fernandes, demitido após o início das manifestações.

“A greve continuará por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas”, declarou a entidade em comunicado. “Para demostrar flexibilidade nas negociações, o Sinjor-PA, atendendo às deliberações da categoria, apresentará nova proposta à empresa, com intuito de chegar a um acordo e concluir as negociações.”

Homenagem


Na noite da última quarta, "Suruís e a guerrilha do Araguaia", série de reportagens do jornal Diário do Pará, de Ismael Machado e Thiago Araújo, foi a vencedora na categoria de jornalismo impresso do Prêmio Líbero Badaró. Ao receber a estatueta, Machado dedicou o prêmio à luta dos colegas em greve.

Fonte: Portal Imprensa

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Repórter e fotojornalista do Diário do Pará vencem o Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo


Os jornalistas premiados aderiram à greve do Diário do Pará, há seis dias, para reivindicar melhores condições de trabalho e um piso salarial, como a maioria dos trabalhadores do veículo, que lutam por mais dignidade para a categoria.


O jornalista Ismael Machado e o fotojornalista Thiago Araújo, do jornal Diário do Pará, foram os vencedores, na categoria impresso, do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, lançado pela revista e o Portal Imprensa. A cerimônia de entrega aconteceu na noite desta quarta-feira, 25, no Itaú Cultural, em São Paulo.

A série especial “Suruís e a Guerrilha do Araguaia”, que fala sobre a participação dos índios da região do Araguaia na época da ditadura militar, foi a grande premiada da noite, derrotando trabalhos de grandes jornais brasileiros, como Folha de S. Paulo, Diário Catarinense, O Globo e Zero Hora.

Representando a dupla, Ismael fez um discurso emocionado sobre o movimento “Jornalista Vale Mais”, com um adesivo da campanha colado na camisa. "Nesse momento, repórteres do jornal em que trabalho, o Diário do Pará, estão em greve lutando por melhorias de trabalho e um salário digno. Esse prêmio é dedicado a eles", disse Ismael.

Os jornalistas premiados aderiram à greve do Diário do Pará, há seis dias, para reivindicar melhores condições de trabalho e um piso salarial, como a maioria dos trabalhadores do veículo, que lutam por mais dignidade para a categoria.

Thiago Araújo disse que a premiação veio no momento oportuno, pois o reconhecimento comprova a qualidade dos profissionais que trabalham neste veículo. Ele reforçou que este é mais um prêmio conquistado pelo jornal à custa de muito trabalho e dedicação por quem é tão mal remunerado. “Esta é a prova concreta do quanto precisamos ser valorizados, pois o prêmio dá credibilidade ao jornal. Estamos em plena greve por melhores salários e condições de trabalho. Espero que a empresa tenha a sensibilidade de reconhecer o valor de cada um desses talentos que lutam pela valorização profissional”, afirmou.

A presidência do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) e sua diretoria parabeniza estes grandes profissionais pela conquista. A premiação enaltece o jornalismo paraense e o coloca como destaque entre os principais do País.    

O Prêmio: O Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo é um dos principais da América Latina voltado para a produção jornalística e para o estímulo da liberdade e da ousadia na imprensa. A premiação não era realizada desde 2002. Em sua décima edição, o evento é considerado uma das maiores e mais prestigiadas premiações da área.

O nome do prêmio é uma homenagem ao primeiro jornalista assassinado no Brasil devido ao exercício da profissão, em 1830. Editor do Observador Constitucional, Líbero Badaró foi morto a tiros quando voltava para sua casa, no centro de São Paulo - e a rua do crime recebeu seu nome. É dele também um dos primeiros textos publicados no País em defesa da liberdade de imprensa.

Assembleia rejeita proposta do Grupo RBA


Além de rejeitar a proposta, os jornalistas decidiram manter a greve por tempo indeterminado

Reunidos em assembleia geral, os jornalistas do DOL, Tv RBA e Diário do Pará, em greve há seis dias, rejeitaram a proposta do Grupo RBA apresentada na noite desta quarta-feira, 25, pelo advogado da empresa ao Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) que, além de manter o piso salarial de R$ 1.300,00 - correspondente ao mesmo valor da primeira mesa de negociação no dia anterior à greve, ainda prevê o tempo de garantia no emprego para os trabalhadores pós-greve de apenas 30 dias, e o desconto dos dias parados.

A maioria dos grevistas chegou a conclusão de não houve nenhum avanço em relação às propostas apresentadas anteriormente. Os profissionais decidiram manter firme a defesa do piso salarial, da estabilidade e, ainda consideram, importante a readmissão do jornalista Leonardo Fernandes, demitido após o início das manifestações.

A greve continuará por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas. Para demostrar flexibilidade nas negociações, o Sinjor-PA, atendendo às deliberações da categoria, apresentará nova proposta à empresa, com intuito de chegar a um acordo e concluir as negociações.

Jornalista é tema de debate da Pós TV


Nesta quarta-feira, 25, às 19h, acontece o PósTV "Quanto Vale um jornalista?", na sede do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), para debater a comunicação e o jornalismo em Belém. A iniciativa também pretende divulgar o movimento “Jornalista Vale Mais”, tema da campanha do piso salarial para jornalistas, lançada pelo Sinjor-PA.

Em meio às mobilizações do movimento foi realizada uma greve em que dois jornalistas do Grupo RBA foram demitidos, sem justificativa. Um deles conseguiu ser readmitido devido a repercussão do caso nas mídias sociais.

A greve dos jornalistas já completam seis dias. A expectativa é que os representantes do Grupo RBA recebam o Sindicato para negociar as reivindicações dos trabalhadores, com a finalidade de fechar um acordo.

Acompanhe e participe online do debate: www.postv.org




Sinjor-PA responde às afirmações do diretor do Diário do Pará no blog “Perereca da Vizinha”



O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), que foi citado na entrevista de um diretor do jornal Diário do Pará, publicada na última terça-feira, 24, no blog Perereca da Vizinha, vem a público questionar por que o entrevistado recusou-se a identificar-se? Do que ele tem medo? Ou será vergonha? Ou será mesmo a velha intransigência da empresa que é "tida" como a maior potência jornalística do Pará, mas contraditoriamente, é o pior salário que o jornalista recebe neste Estado.

O comportamento desse diretor só reproduz a postura do Grupo RBA, que desde o início da tentativa de negociação do acordo coletivo junto, em abril deste ano, insiste em esconder-se, esquivar-se, omitir-se, evitando, o diálogo com a categoria e, precisamente, a solução dos sérios impasses que permeiam aquele ambiente de trabalho.

Uma coisa precisa ficar bem clara: o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep) é uma coisa e Diário (leia-se, grupo RBA) é outra. A empresa e esse diretor, seja quem for, sabem muito bem disso.

Uma coisa é o tratamento dispensado às pequenas e microempresas, por meio do Sertep, com o qual o Sinjor-PA assina uma Convenção Coletiva, que aliás este ano ainda não foi assinada. Outra coisa é o trato com empresas de grande porte, como o Grupo RBA, com o qual o Sindicato tem um acordo próprio - o acordo coletivo, que há muitos anos luta pelo estabelecimento de um piso salarial. E eles também sabem muito bem disso.

Portanto, de uma vez por todas, o Grupo RBA precisa se conter e falar somente o que é do seu interesse. Definitivamente, o Sertep não é do interesse deles.

O cenário atual, que demonstra a resistência sim da patronal em dialogar com os trabalhadores – e não o contrário –, o diretor manda um importante “recado” aos grevistas com os quais não conversa: a promessa de que não serão demitidos, apesar de, contraditoriamente, assumir que a posição da empresa é de não garantir o prazo de estabilidade no emprego. Quem diz que não vai demitir, por coerência, não pode resistir a nenhum prazo de estabilidade para os grevistas.

Em abril, o Sinjor protocolou a proposta de inclusão do piso salarial no acordo coletivo junto ao Diário, no qual recomenda a fixação do salário de R$ 1.900,00 para o repórter em início de carreira, enquadrado na função A, bem como o escalonamento para as demais categorias do jornalismo. No entanto, o jornal, não apresentou contraproposta. Pedimos a mediação do Ministério Público do Trabalho e da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego no Pará, mas o Diário enviou representante, que alegava desconhecer as propostas do Sindicato e, ainda, que não estava autorizado a negociar em nome dos patrões, apesar de representá-los.

Como já foi dito, a inclusão do piso no acordo não é uma luta de hoje. No entanto, constitui-se numa batalha difícil. Só estamos conseguindo avançar junto ao Diário do Pará graças à pressão dos trabalhadores. Somente com pleno conhecimento da greve aprovada em assembleia, com uma semana de antecedência à deflagração, é que a empresa dignou-se a receber o Sindicato, oferecendo o reajuste de R$ 1.000,00 brutos para R$ 1.300,00. Porém, a proposta em nada arrefeceu os trabalhadores, que mantiveram o indicativo de greve, deflagrada na última sexta-feira, 20.

Os jornalistas do Diário do Pará, da TV RBA e do Diário On Line estão em greve por culpa da empresa, que se mantém intransigente, alega que o movimento tem motivações "politiqueiras", não reconhece que problemas trabalhistas existem e insiste em manter salários aviltantes. Sem falar, nas condições desumanas proporcionadas pela empresa no ambiente de trabalho, tais como a falta de água potável, sem falar no assédio moral.

O Sinjor-PA continua aguardando que a empresa deixe de lançar propostas em blogues ou mesmo recados por email aos funcionários, para fazê-las numa mesa de negociação. A predisposição ao diálogo, por parte do Sinjor e dos trabalhadores, é tão óbvia, que, desde a deflagração da greve há cinco dias, estamos de plantão na porta da empresa, todos os dias, os dias inteiros, enquanto os patrões mantêm os portões fechados, tomados por seguranças e, também, desde ontem, vigiados por câmeras instaladas na parte externa do prédio com a finalidade de observar aqueles que constituem o movimento paredista.

Se a direção da RBA ainda não entendeu, repetimos: aguardamos uma contraproposta da empresa. O Sindicato acredita que o diálogo é a melhor opção para chegarmos ao consenso.

Jornalista Vale Mais

SINDICATO DOS JORNALISTAS NO ESTADO DO PARÁ


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Diretor da Fenaj está em Belém em apoio ao movimento Jornalista Vale Mais






A greve dos jornalistas do DOL e Diário do Pará entra em seu quarto dia com mais um ato público em frente à sede da RBATV, realizado nesta segunda-feira, 23. Dessa vez, os trabalhadores receberam o apoio do diretor do Departamento de Relações Institucionais, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), José Carlos Torves, que veio a Belém para reforçar a campanha “Jornalista Vale Mais” e ainda se solidarizar à paralisação dos profissionais que lutam pelo piso salarial no Grupo RBA.

José Carlos Torves disse que a greve dos jornalistas paraenses é referência nacional para a categoria, pois no País, vários profissionais também sofrem com a precarização das condições de trabalho e assédio moral. “Estes trabalhadores estão dando exemplo para o Brasil inteiro. Com certeza serão os protagonistas de uma história que mudará os rumos do jornalismo brasileiro. Este movimento vai desencadear uma série de mobilizações da categoria em outros Estados”, destacou.

O diretor ressaltou ainda que a coragem dos jornalistas em greve tem grande importância, visto que também vai promover a adesão de profissionais de outras categorias, como gráficos e publicitários. “Isso vai beneficiar a todos os trabalhadores que lutam por melhores salários e condições de trabalho. A Fenaj apoia esta causa digna. Vamos juntos até a vitória", destacou José Carlos Torves, que terá uma reunião com os radialistas da capital nesta terça-feira, 24, com intuito de sensibilizá-los a aderir a causa.

Segundo a presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), Sheila Faro, a manifestação desta segunda-feira, ganhou a adesão de mais jornalistas, que contagiados pelo movimento “Jornalista Vale Mais”, abraçaram a causa com determinação. “Hoje foi mais um dia de luta. Fizemos um ato pacífico de respeito e, como sempre, muito emocionante. Em solidariedade aos colegas em greve, os jornalistas fizeram um gesto simbólico e foram trabalhar de vermelho”, disse a presidente.

Sheila Faro ressaltou que a expectativa é que os representantes do Grupo RBA recebam o Sindicato para negociar as reivindicações dos trabalhadores, com a finalidade de fechar um acordo. “A empresa está relutando em negociar o básico. Os jornalistas estão decididos e vão continuar a greve até que sejam atendidos. Quanto mais o tempo passar maior o desgaste para a empresa”, afirmou.

O movimento conta com a parceria de representações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA), Associação dos Concursados e dos Sindicatos dos Urbanitários do Pará, Bancários, Rodoviários de Belém, dos servidores do Detran-PA, dentre outros.

Nesta terça-feira, 24, às 17h, haverá novo ato público em frente à RBATV. Após a manifestação, os jornalistas do DOL e Diário do Pará se encontram em uma assembleia geral na sede do Sinjor-PA. Na quarta-feira, 25, os jornalistas do Grupo ORM também se reúnem em uma assembleia geral no Sindicato.

domingo, 22 de setembro de 2013

Jornalistas paraenses reúnem-se em ato público na Praça da República




Na manhã deste domingo, 22, dezenas de jornalistas reuniram-se em mais um ato público realizado na Praça da República, com a presença da comissão dos trabalhadores do Diário do Pará e do Diário Online, que estão em greve desde a última sexta-feira. O objetivo foi distribuir panfletos com informações sobre suas principais reivindicações e ainda mostrar para a sociedade os problemas enfrentados pela categoria.

Também participaram do ato os diretores do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), Enize Vidigal, Jeniffer Galvão, Avelina Castro, Nara Bandeira, Edyr Falcão, Roberta Vilanova, Dilson Pimentel, além da vice-presidente do Sinjor-PA, Elena Brito e da representante da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), no Pará, Priscilla Amaral.

O movimento faz parte da campanha do piso salarial para jornalistas, com o tema “Jornalista Vale Mais”, que conta com a parceria de representações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA), Associação dos Concursados e dos Sindicatos dos Urbanitários do Pará, Bancários, Rodoviários de Belém, dos servidores do Detran-PA, dentre outros.

Entre as principais reivindicações dos jornalistas em greve estão um piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de trabalho e a readmissão de um jornalista demitido após o início das manifestações. Os direitos trabalhistas, como carteira assinada, pagamento das horas extras também fazem parte dos pleitos.

Priscilla Amaral lembrou que mesmo com os profissionais em greve, o jornal Diário do Pará continua circulando, mas com informações e conteúdo duvidosos, pois os jornalistas que garantem a qualidade estão em greve. “A paralisação não é para pedir muito, mas o justo para uma empresa que fatura milhões. Meus colegas de profissão só querem um salário digno, melhores condições de trabalho, o fim do assédio moral e respeito”, afirmou.

Nesta segunda-feira, 23, os jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online voltam a acampar em frente à RBATV para sensibilizar os diretores do grupo a respeito de suas reivindicações. A greve recebe o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

sábado, 21 de setembro de 2013

Continua greve dos jornalistas do DOL e Diário do Pará








No primeiro dia de greve, os profissionais foram tomados pela emoção em um momento histórico. Eles fecharam parte da Avenida Almirante Barroso e ficaram acampados em frente à RBATV durante todo o dia. Entre as principais reivindicações estão um piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de trabalho e a readmissão de um jornalista demitido após o início das manifestações.


Os jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online decidiram que vão continuar por tempo indeterminado a greve em favor do piso salarial, deflagrada na última sexta-feira, 20. A paralisação foi aprovada pela categoria em assembleia promovida pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), no dia 14 de setembro. A decisão foi tomada devido à intransigência da diretoria da empresa, que se nega a negociar efetivamente a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

No primeiro dia de greve, os profissionais foram tomados pela emoção em um momento histórico. Eles fecharam parte da Avenida Almirante Barroso e ficaram acampados em frente à RBATV durante todo o dia. Segundo a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, há mais de duas décadas não se via um movimento desta dimensão, com união e força da categoria. A greve obteve uma adesão de 80% dos jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online. Entre as principais reivindicações estão um piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de trabalho e a readmissão de um jornalista demitido após o início das manifestações.

Iniciadas desde abril, mês da data-base dos jornalistas do Grupo, inúmeras tentativas de negociação foram feitas sem sucesso. Diversos ofícios foram enviados pelo Sinjor à empresa, solicitando negociação da pauta de reivindicações dos trabalhadores e todos foram ignorados. A empresa só se prestou a enviar representante quando o Sindicato pediu a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE.

A diretoria do Grupo só sentou com o Sindicato no dia anterior à greve, na quinta-feira, 19, em reunião marcada pela empresa apenas com os funcionários, que exigiram a presença do Sinjor na mesa de negociação. “Os trabalhadores sabem que seu representante legal é o Sindicato, que tem o respaldo para homologar acordos e resguardar seus interesses”, disse Sheila Faro.

Em uma tentativa de desmobilizar o movimento e enfraquecer a greve, ainda na noite de sexta-feira, a direção do Grupo RBA conclamou os profissionais a retornarem às suas atividades, alegando a existência de um acordo entre o Sindicato dos Jornalistas no Estado Pará (Sinjor-PA) e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), que teria sido fechado durante reunião ocorrida nesta quinta-feira, 19.

Em nota, o Sinjor desmentiu a informação esclarecendo que não havia sido assinado nenhum acordo coletivo de trabalho 2013/2014, visto que todas as negociações continuam em andamento. O Sindicato ressaltou ainda que, mesmo que este acordo existisse, não teria nenhum vínculo com as reivindicações dos profissionais em greve, pois acordo coletivo entre o Sinjor e o Diário do Pará, nada tem a ver com o Sertep.

O Sinjor-PA informou que a paralisação continua e qualquer proposta que vier da empresa será submetida à apreciação dos trabalhadores, em assembleia geral. A greve ganhou o apoio de outras categorias, que se solidarizaram com o movimento dos jornalistas. Neste domingo, 22, às 10h, haverá um ato da Praça da República, com a presença dos jornalistas em greve e também de profissionais que trabalham em outros veículos de comunicação da capital. “Vamos mostrar para a sociedade os problemas enfrentados pela nossa categoria. Nosso movimento é pacífico e ordeiro”, completou Sheila Faro.

O movimento faz parte da campanha do piso salarial para jornalistas 2013, lançada pelo Sinjor-PA, com o tema “Jornalista Vale Mais”. Anteriormente à greve, foram realizadas quatro manifestações da campanha de valorização profissional no Estado. Uma em frente à SRTE, outra na TV Record e duas na RBA. Acompanhe mais informações sobre a greve dos jornalistas no link https://www.facebook.com/grevediarioedol?ref=ts&fref=ts



Presidente do Sinjor-PA é homenageada em festa de aniversário do Sindpol



A presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), Sheila Faro, foi homenageada na manhã deste sábado, 21, pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol/Pa). O certificado "Amigos do Sindpol" representa o reconhecimento a todos que contribuem com as lutas da categoria de policiais civis do Pará.

Sheila Faro recebeu a homenagem por defender os direitos dos jornalistas e também por ser solidária às lutas de outras classes trabalhadoras. A cerimônia aconteceu durante a festa de aniversário de 23 anos do Sindpol, que foi comemorado na sede campestre do Sindicato dos Estivadores do Pará, na rodovia Mário Covas. O evento foi prestigiado por associados, trabalhadores e convidados especiais. A diretora do Sinjor-PA, Jeniffer Galvão também participou das comemorações.

"Em nome do presidente do Sindpol, parabenizo todos os associados e reitero o apoio à luta de investigadores, escrivães, delegados e motoristas policiais, que defendem como principais bandeiras de luta, a isonomia salarial e incorporação do abono, cumprimento da carga horária de 8 horas diárias e condições mais dignas de trabalho", disse Sheila Faro.

A presidente ressaltou a importância das mobilizações em prol da campanha do piso salarial para jornalistas, com o tema “Jornalista Vale Mais”. Ela aproveitou a oportunidade para pedir o apoio do Sindpol à luta dos jornalistas que trabalham nos principais veículos de comunicação da Pará. “A imprensa cobre todas as lutas dessa categoria, que vem trazendo a todos os problemas enfrentados no dia a dia. Por isso, pedimos apoio a nossa luta contra as arbitrariedades das empresas de comunicação do nosso Estado. Queremos respeito”, finalizou. 

Deflagrada greve no Diário do Pará e portal DOL







Os jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online deflagraram greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (20). Entre as principais reivindicações estão um piso salarial de R$ 1.900, melhores condições de trabalho e a readmissão de um jornalista demitido após o início das manifestações. Desde maio, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) tenta diálogo, sem sucesso, com a direção do Grupo Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), de propriedade da família do senador Jáder Barbalho e afiliado à Band.

Na quinta-feira, em sessão especial na Câmara de Vereadores de Belém, profissionais relataram as dificuldades que enfrentam nos veículos do Grupo RBA. Em carta aberta os grevistas denunciam que, além de péssimas condições de trabalho, a RBA pratica contratações ilegais, sem registro em carteira de trabalho, não paga corretamente horas extras e que o salário bruto pago aos repórteres é de R$ 1.000,00.

Reunida em Brasília, a Executiva da FENAJ solidarizou-se com o movimento dos jornalistas do Diário do Pará e DOL para superarem a precariedade na qual estão submetidos: "Esta situação agride a dignidade dos jornalistas e, em última instância, o Jornalismo e o direito da sociedade à informação de qualidade". A entidade conclui sua manifestação de apoio destacando que "O movimento grevista simboliza o espírito de luta dos jornalistas paraenses e serve como modelo para toda a categoria. A sua agenda é a agenda dos jornalistas de todo país, a sua luta é a nossa luta".

Segundo a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, no primeiro dia a greve obteve uma adesão de 80% dos jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online. "Esta adesão ratificou o grau de descontentamento dos jornalistas com o tratamento que recebem do grupo RBA. Hoje os jornalistas são notícia com uma greve histórica", considerou.

Deflagrada na manhã desta sexta feira, a greve ganhou o apoio de outras categorias, que se solidarizaram com o movimento dos jornalistas. No período da tarde houve interdição da Avenida Almirante Barroso, na região central de Belém. Os jornalistas denunciaram a situação na RBA com faixas, cartazes e panfletos.

Sheila Faro conta que somente após a iminência de deflagração da greve dirigentes da RBA se dispuseram a dialogar com a Comissão de Funcionários e com a diretoria do Sindicato. "Mas não apresentaram oficialmente uma proposta de piso e ainda se negam a garantir estabilidade aos grevistas e readmitir o jornalista Leonardo Fernandes, que foi demitido em retaliação ao movimento", conta.

Jornalista Vale Mais

A greve dos jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online se deu no contexto do movimento "Jornalista Vale Mais", lançado pelo Sinjor-PA. Anteriormente à greve, foram realizadas quatro manifestações da campanha de valorização profissional no Estado. Uma em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, outra na TV Record e duas na RBA. Os movimentos da campanha podem ser acompanhados aqui. Para conferir mais informações sobre a greve dos jornalistas do Grupo RBA clique aqui.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO


Em uma tentativa de desmobilizar o movimento e enfraquecer a greve dos jornalistas do DOL e Diário do Pará, a direção do Grupo RBA conclamou os profissionais a retornarem às suas atividades, alegando a existência de um acordo entre o Sindicato dos Jornalistas no Estado Pará (Sinjor-PA) e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), que teria sido fechado durante reunião ocorrida nesta quinta-feira, 19.

O Sinjor esclarece que não foi assinado nenhum acordo coletivo de trabalho 2013/2014. Todas as negociações continuam em andamento. O Sindicato ressalta ainda que, mesmo que este acordo existisse, não teria nenhum vínculo com as reivindicações dos profissionais em greve, pois acordo coletivo entre o Sinjor e o Diário do Pará, nada tem a ver com o Sertep.

Trata-se de mais uma manobra da direção da empresa, que tenta a qualquer custo intimidar os funcionários, subestimando a inteligência dos que apenas buscam melhores salários e condições de trabalho.

Não procede a afirmação de que houve tentativa de negociações em outras ocasiões. A empresa só sentou com o Sindicato no dia anterior à greve, na quinta-feira, 19, em reunião marcada pelo Grupo apenas com os funcionários, que exigiram a presença do Sinjor na mesa de negociação. Os trabalhadores sabem que seu representante legal é o Sindicato, que tem o respaldo para homologar acordos e resguardar seus interesses.

O Sinjor-PA informa que a paralisação continua e qualquer proposta que vier da empresa será submetida à apreciação dos trabalhadores, em assembleia geral. O ato da Praça da República neste domingo, às 10h, está mantido. Vamos mostrar para a sociedade os problemas enfrentados pela nossa categoria. Nosso movimento é pacífico e ordeiro.

O direito à greve está garantido na Constituição Federal e é um legítimo mecanismo de reivindicações dos direitos do trabalhador. Quem deliberou a greve foram os trabalhadores. A paralisação foi aprovada pela categoria em assembleia geral com a presença dos jornalistas, na sede do Sinjor, no dia 14 de setembro. Portanto, os próprios trabalhadores decidem quando encerrar o movimento.

Fenaj apoia a luta dos jornalistas do Pará

Neste 20 setembro, data em que comemora 67 anos de fundação, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) declara total apoio à causa defendida pelos jornalistas do Pará. Esta direção hipoteca solidariedade a toda categoria paraense e se coloca à disposição dos jornalistas que estão em greve.A Fenaj está ao lado do Sindicato dos Jornalistas do Pará, que certamente ajudará a conduzir este movimento no sentido de conseguir as suas justas reivindicações apresentadas pela categoria.

A greve dos jornalistas da RBA - de propriedade do senador Jader Barbalho e afiliada da Rede Bandeirantes - expõe à sociedade uma realidade que infelizmente é compartilhada pelos jornalistas profissionais em diversos estados brasileiros: aviltamento salarial, assédio moral e péssimas condições de trabalho. Esta situação agride a dignidade dos jornalistas e, em última instância, o Jornalismo e o direito da sociedade à informação de qualidade.

As reivindicações de piso salarial de R$ 1.900,00, estabilidade de um ano aos participantes do movimento grevista, e de reintegração do jornalista Leonardo Fernandes - demitido num claro ato de retaliação ao movimento da categoria - são justas e legítimas e, portanto, precisam ser atendidas pela RBA.

O movimento grevista simboliza o espírito de luta dos jornalistas paraenses e serve como modelo para toda a categoria. A sua agenda é a agenda dos jornalistas de todo país, a sua luta é a nossa luta!

Diretoria-Executiva da FENAJ.

Brasília, 20 de setembro de 2013.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Jornalistas do Pará entram em greve nesta sexta-feira, 20


Os jornalistas reuniram-se agora à noite para definir os últimos detalhes da greve que terá início às 12h desta sexta-feira,20


Os profissionais que trabalham nas redações de uma das maiores empresas de comunicação do Estado, o Grupo RBA, afiliada à Rede Bandeirantes de Televisão, entram em greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira, 20. A paralisação foi aprovada pela categoria em assembleia promovida pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), no dia 14 de setembro. A decisão foi tomada devido à intransigência da diretoria da empresa, que se nega a negociar efetivamente a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Iniciadas desde abril, mês da data-base dos jornalistas do Grupo, inúmeras tentativas de negociação foram feitas sem sucesso. Diversos ofícios foram enviados pelo Sinjor-PA à empresa, solicitando negociação da pauta de reivindicações dos trabalhadores e todos foram ignorados. A empresa só se prestou a enviar representante quando o Sindicato pediu a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE.

Hoje, às vésperas da greve que já havia sido anunciada formalmente pelo Sinjor-PA, ao grupo, houve a primeira mesa de negociação com a empresa. Eles apresentaram suas contrapropostas aos pleitos apresentados pela categoria. A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, disse que o Sindicato vai apresentar as propostas aos trabalhadores na manhã desta sexta-feira. “Pela primeira vez a empresa decidiu sentar para negociar. Agora vamos esperar que as promessas se concretizem. Nossa intenção é fechar um acordo coletivo que contemple o maior número de cláusulas existentes na pauta de reivindicações. A greve foi decidida pelos trabalhadores e o Sinjor-PA vai apoia-los até que as reivindicações sejam atendidas”, afirmou.

Agora à noite, os jornalistas reuniram-se para definir os últimos detalhes da paralisação. “Eles pretendem fazer uma greve ordeira que ficará para a história como uma luta exemplar por dignidade e respeito para a categoria”, disse a presidente.

A iniciativa é uma prova latente que o jornalista acordou e não mais se intimidará diante das pressões e humilhações da patronal. O Sinjor-PA tem promovido mobilizações para chamar a atenção da sociedade para esta classe trabalhadora que tem uma das mais importantes funções no cotidiano das pessoas: levar a notícia de forma responsável e isenta. Toda notícia que chega às casas das famílias paraenses são exaustivamente elaboradas, conferidas e revisadas por profissionais dedicados e muito mal remunerados.

A primeira mobilização que o Sinjor-PA promoveu em frente à TV RBA teve a adesão de dezenas de jornalistas. Representantes do grupo, além de negar acesso de representantes do Sindicato às dependências da sede da emissora, intimidaram funcionários ameaçando-os com demissão caso aderissem ao movimento. Na semana seguinte, os jornalistas voltaram ao mesmo local, fecharam uma parte da Avenida Almirante Barroso, quando houve nitidamente um aumento de adesões.

Em uma onda crescente, os jornalistas novamente foram às ruas, desta vez, em frente à TV Record Belém, para cobrar melhores condições de trabalho e mais valorização do jornalista paraense. Na ocasião gritaram palavras de ordem e mostraram cartazes com as principais pautas de reivindicações. A pressão funcionou, pois representantes da TV recebeu uma comissão do Sindicato e prometeu acatar uma série de reivindicações.

Os trabalhadores do Grupo RBA aderiram à manifestação por não suportar mais os baixos salários, que não chegam a R$ 800,00 líquidos para a maioria (alguns sem carteira assinada), as péssimas condições de trabalho (sem água, sem equipamentos adequados para o trabalho), insegurança na apuração das pautas policiais, dentre outras coisas.

Sheila Faro informou que já estão sendo organizadas mais manifestações para novas reivindicações em outros veículos de comunicação. "Sabemos, historicamente, que não se vence uma luta sozinho, por isso a categoria está cada vez mais unida, para mostrar a sociedade que essa é uma causa de todo jornalista deste Estado, que luta por mais respeito e dignidade", concluiu a presidente.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Carta aos Jornalistas


É de conhecimento público as sucessivas violações dos direitos dos trabalhadores e o desrespeito aos jornalistas dentro dos veículos de comunicação. Em especial, no Grupo RBA é reiterado o descumprimento do dispositivo basilar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que consiste na assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) com o registro integral da remuneração efetivamente paga, chegando ao absurdo de não garantir o atendimento de necessidades essenciais ao ser humano, como água potável e papel higiênico e sabonete nos banheiros da empresa.

Como se não bastasse, os salários pagos aos jornalistas do Grupo RBA sofreram gritante desvalorização e, hoje, são absurdamente baixos, na média de R$ 1.071 brutos, cifra que representa a metade do piso salarial defendido pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA). Sucessivas tentativas de negociação junto ao jornal Diário do Pará, ao Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão (Sertep) e diretamente ao Grupo RBA, tornaram-se infrutíferas até a recente mobilização e deflagração de greve dos jornalistas da TV RBA, Diário do Pará, Diário On Line e Rádio Clube, em assembleia realizada na sede do Sinjor-PA, no último dia 14.

O Grupo RBA recebeu a proposta de data-base do Sinjor-PA em abril, com o pedido de inclusão do piso salarial no acordo coletivo. No entanto, não apresentou contraproposta. Os diretores do grupo não recebem o Sinjor-PA e nem os trabalhadores para negociar. Foi necessário buscar a mediação do Ministério Público do Trabalho e também da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (STRE-PA), sem que, efetivamente, a negociação tenha avançado. Pois a RBA envia às reuniões representantes que desconhecem a proposta do acordo e que não possuem autonomia de deliberação. Situação que se mantém até hoje.

Os jornalistas, cientes de que sem mobilização não haverá avanço na negociação, consolidaram a campanha “Jornalista Vale Mais” em defesa do piso. Na quarta-feira, 11, os jornalistas fizeram ato público em frente à RBA, que culminou com a ocupação do hall de entrada da empresa por uma hora e meia, seguida de interdição da Avenida Almirante Barroso. Na sexta-feira, 13, a categoria foi para a porta da Record, onde também protestou.

No grupo RBA, os jornalistas deflagraram greve em assembléia no último dia 14, na sede do Sinjor-PA, com início do movimento paredista marcado para a sexta-feira, 20. A direção do Grupo RBA, ciente da força crescente da mobilização dos trabalhadores, que conta com o engajamento do Sinjor e de colegas de outros veículos de comunicação, iniciou um intenso assédio moral aos funcionários, com ameaças de demissão em massa para frear a adesão à greve. Já houve duas demissões nas empresas do grupo, sendo que uma foi revertida após ampla reação nas redes sociais.

Ainda, na tentativa desesperada de desmobilizar a classe, a direção da RBA vem tentando sem sucesso colocar os jornalistas do grupo contra o Sinjor-PA. Na última terça-feira, 17, a direção da RBA enviou convite ao Sinjor para uma reunião, mas, quando o sindicato tentou protocolar o aviso de greve, recusou-se a receber formalmente o ofício. Na sequência, a RBA reuniu os profissionais para avisar que o Sinjor havia desistido da reunião para fazer a greve e que a entidade era “intransigente”.

A greve é um direito da categoria garantido na Constituição Federal e a comunicação oficial com 48 horas de antecedência do início do movimento paredista, é dever legal do sindicato. Assim como é dever da entidade sindical, dar encaminhamento à deliberação soberana da assembléia dos trabalhadores. A presidente do sindicato, Sheila Faro, não foi avisada oficialmente da desistência e, na manhã desta quarta-feira, 18, compareceu à RBA junto com a diretora Eliete Ramos. Novamente, elas não foram recebidas, mas conseguiram protocolar a comunicação de greve na presença de representantes da comissão de greve, o que garante a deflagração do movimento na data planejada.

A empresa também tem alardeado entre os trabalhadores, que a classe está sendo “manipulada” pelo Sinjor, o qual estaria influenciado pelo PSDB para desmantelar a pretensa candidatura de Helder Barbalho a governador do Pará.

O Sinjor alerta a categoria que as informações desencontradas e as versões fantasiosas não são atitudes ingênuas e, apesar de ofender a sapiência de qualquer ser humano, objetivam, exclusivamente, desmobilizar os jornalistas, afastar a base da sua representação legal e enfraquecer o movimento.

Em razão do exposto, o Sinjor-PA reafirma a disposição em dialogar com o Grupo RBA dentro da estratégia de fidelidade à classe e do mais absoluto respeito às decisões dos jornalistas. Pela fixação do piso salarial e avanço nas demais pautas do acordo coletivo do Diário do Pará, TV RBA, Rádio Clube e Diário On Line.

Jornalista Vale Mais!

SINDICATO DOS JORNALISTAS NO ESTADO DO PARÁ (SINJOR-PA)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Inscrições para I Prêmio Hamilton Pinheiro de Jornalismo


As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro, por meio do site http://www.simineral.org.br/. Leia o edital.

Com objetivo de reconhecer a função social da mídia e sua contribuição na difusão de informações e no fortalecimento da cidadania, o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) e o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará, lançaram o I Prêmio Hamilton Pinheiro de Jornalismo, que visa premiar trabalhos jornalísticos com abordagem no desenvolvimento do Pará, por meio da mineração.

Podem se inscrever jornalistas que têm produções veiculadas por jornais, revistas, portais, emissoras de rádio ou televisão, além de publicações universitárias de instituições e empresas sediadas no Brasil e legalmente reconhecidas. A finalidade é estimular, divulgar e prestigiar os profissionais que produzem trabalhos relacionados às atividades do setor mineral, desenvolvidas pelas empresas instaladas no Pará.

O prêmio contempla trabalhos referentes aos temas: crescimento econômico, produção, sustentabilidade, projetos sociais, geração de emprego e renda, exportação, filantropia, dentre outros. Concorrem ao prêmio somente matérias publicadas ou veiculadas no período entre 01 de dezembro de 2012 a 31 de setembro deste ano.


Valorização do jornalista é tema de sessão especial na Câmara Municipal de Belém

Para discutir a situação dos jornalistas paraenses dos principais veículos de comunicação e reforçar a campanha do piso salarial 2013, com o tema “Jornalista Vale Mais”, será realizada nesta quinta-feira, 19, às 9h, uma sessão especial na Câmara Municipal de Belém.

A sessão foi convocada atendendo ao requerimento de autoria da vereadora Meg Barros (PSOL), aprovado por unanimidade pelo Plenário da Casa. A parlamentar, que também é estudante do 6º semestre do curso de jornalismo, disse que a iniciativa visa contribuir com a luta dos profissionais pela valorização e melhorias de salário e condições de trabalho.

Segundo Meg Barros, a intenção também é fortalecer o movimento dos jornalistas paraenses que atualmente vivem um momento histórico, com a união da categoria reivindicando seus direitos em mobilizações que a cada dia ganham mais adesões. “Os jornalistas querem soluções e avanços nas negociações. Os veículos que estão negociando com o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) devem oficializar os acordos e, os que ainda não receberam o Sindicato, precisam se conscientizar que a categoria merece ser valorizada”, completou a vereadora.

Para a presidente do Sindicato dos jornalistas, Sheila Faro, o evento tem como principal objetivo, informar discutir e encontrar solução para os problemas vividos hoje pelos jornalistas do Estado. "A sociedade precisa conhecer os problemas enfrentados pela nossa categoria. Assédio moral, salários baixos, falta de segurança dentre outras questões, são algumas das principais pautas desse evento", afirmou.

Ainda segundo a presidente, esse também será outro momento histórico vivenciado pela categoria no Pará. "Vamos mostrar força e a nossa união nesse evento. A sessão é um ato público, precisamos comparecer em massa para mostrar a sociedade que ninguém vive sem informação. Nós, jornalistas, somos responsáveis por garantir informação com ética e responsabilidade. Precisamos de respeito e dignidade", disse Sheila Faro.

Foram convidados para a sessão representantes da OAB-PA, Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública do Pará, Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA), União Geral dos Trabalhadores – UGT Pará, Força Sindical do Pará, Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), além dos diretores dos grupos Organizações Rômulo Maiorana (ORM), Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), e autoridades políticas.

Audiência de conciliação: Vale lembrar que também nesta quinta-feira, 19, às 9h, haverá uma audiência de conciliação sobre a data-base, entre o Sinjor-PA e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Belém (SRTE).



Serviço

Sessão especial na Câmara Municipal de Belém “Jornalista Vale Mais”

Data: 19 de setembro – quinta-feira

Hora: 9h

Local: Câmara Municipal de Belém

End.: Tv. Curuzu, 1755 – Marco

Informações: (91) 3246-5209

domingo, 15 de setembro de 2013

Segurança: Sinjor-PA garante conquistas para jornalistas da Record






Entre as propostas estão o reajuste de 7% nos salários, plano de cargo e carreira, manutenção nos carros, inclusive com a instalação de ar condicionado e adequação dos mesmos para o clima do Estado, aquisição de mais equipamentos para trabalho na chuva, coletes à prova de balas para todas as equipes externas, periculosidade para pautas de risco e acordo coletivo.


O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) reuniu na última sexta-feira, 13, com representantes da TV Record Belém para discutir, dentre outros assuntos, a segurança dos jornalistas daquela emissora.

Participaram do encontro, a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, a diretora Eliete Ramos, juntamente com o advogado do Sindicato, Wesley Loureiro, que foram recebidos pelo diretor Superintendente da emissora, Paulo Batista, pelo gerente Administrativo, Luiz Carlos e a advogada Andréa Rezende, também do grupo Record. O Sinjor apresentou as pautas de reivindicações, baseadas em relatos dos jornalistas que trabalham na empresa. O objetivo foi dar resolutividade aos itens presentes e estabelecer alguns ajustes para o avanço das negociações.

A direção da empresa se mostrou aberta à negociação e manteve uma conversa cordial e produtiva. As demandas dos trabalhadores da empresa, especialmente aquelas referentes à segurança profissional, reajuste salarial e condições de trabalho foram algumas das conquistas definidas durante a reunião.

Conquistas: Em relação ao índice de reajuste de 7%, correspondente à data-base deste ano, Paulo Batista garantiu que já foi dado o aumento para os trabalhadores. Ele disse que a empresa vai pagar a diferença, referente ao atraso da data-base, que foi em abril deste ano.

Já sobre a questão dos carros, Batista admitiu a demora para a manutenção. Ele informou que a empresa vai tentar adquirir nova frota até o final deste ano. O superintendente também informou que serão comprados mais equipamentos para trabalho na chuva.

Outro fator importante debatido na reunião foi a segurança dos funcionários. A respeito desse tema, o Sindicato sugeriu um curso específico sobre segurança, em parceria com a Polícia Militar, para os jornalistas que produzem pautas em locais de risco. A direção da empresa se comprometeu em concretizar o curso e liberar os jornalistas dentro do horário de trabalho para participarem do treinamento.

O Sinjor-PA também propôs que a empresa ofereça um psicólogo para acolher o profissional, caso ele sofra qualquer tipo de violência durante as atividades. Sugeriu ainda que a emissora adquira coletes à prova de balas (conforme exigência do exército) para todas as equipes externas, mesmo aquelas que não estão saindo para cobrir pautas de polícia.

Pendências: Algumas questões demandadas pelo Sinjor-PA ficaram pendentes de solução, mas a empresa se dispôs a analisar as outras demandas para dar continuidade às negociações. Na segunda semana de outubro será realizada uma nova reunião com a finalidade de definir as pautas de reivindicações, a principal delas é o acordo coletivo.

Também estão inclusos na revisão proposta pelo Sinjor-PA, os jornalistas que desempenham outras funções e ganham menos que produtores, equiparação salarial e valorização do profissional local, pois os jornalistas paraenses exercem a mesma função de outros que vem de fora, mas com uma enorme diferença salarial.

Segundo a presidente do Sindicato, Sheila Faro, a proposta é iniciar as negociações para fechar um acordo coletivo direto com a empresa. "Hoje, a Record obedece às cláusulas fechadas na convenção coletiva assinada com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), porém a Record tem peculiaridades que merecem ser observadas. Esse é o principal anseio dos jornalistas da empresa", ressaltou.

Além disso, estão na pauta, assuntos referentes à hora-extra, acúmulo de funções sem a devida remuneração pra isso, e readequação dos repórteres cinematográficos, que são contratados como operadores de unidade portátil, o que implica em salários mais baixos.

Ainda de acordo com Sheila Faro, o Sindicato mantém a posição e exige que a empresa reconheça em carteira o cargo de repórter cinematográfico para os profissionais que fazem registros de imagem de matéria jornalística, conforme prevê a regulamentação profissional de jornalistas. "Esses profissionais merecem essa luta. O Sinjor defende a proposta de que eles ganhem um salário igual ao do repórter contratado pela empresa", reiterou.

Manifestação: Paralelamente à reunião, os jornalistas fizeram um ato público em frente à sede da TV Record Belém, no bairro do Jurunas. O Sinjor-PA reuniu a categoria para dar satisfação aos jornalistas a cerca dos pleitos que estavam sendo tratados durante a reunião com os representantes da empresa.

Dezenas de jornalistas, esperavam ansiosos pelo resultado da reunião, que segundo a diretoria do Sindicato, foi muito positiva.

Embora não fosse pauta do Sindicato, ao final da manifestação, alguns jornalistas repudiaram a presença do apresentador do programa Balanço Geral, da TV Record, Renê Marcelo, que chegava para apresentar o programa. Os profissionais ficaram revoltados com as afirmações que Renê Marcelo teria feito dentro da redação, diante de profissionais, entre elas que “Sindicato é coisa de baderneiro e que jornalistas já sabiam que ganhariam mal”.

A manifestação, organizada pelo Sinjor-PA, encerrou no início da tarde e os jornalistas saíram de lá com a certeza de que estão cada vez mais fortes para lutar por seus direitos.

O Sinjor se prepara agora para a Sessão Especial na Câmara Municipal de Belém, que acontecerá dia 19 de setembro, quinta-feira, às 9h, no plenário daquela casa de legislação, localizada na travessa Curuzú, no bairro do Marco, em Belém. A categoria está convocada a participar do evento.

E a luta continua, pois, Jornalista Vale Mais!








quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Jornalistas paraenses vivem momento histórico em campanha pelo piso salarial





Mais de 60 jornalistas estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 11, em frente ao prédio da RBATV, na Almirante Barroso. A finalidade foi chamar a atenção da direção do grupo sobre a negociação do piso salarial e o acordo coletivo para a categoria. Os profissionais ocuparam a sede da empresa e fecharam a Avenida Almirante Barroso por quase uma hora. Mais uma vez o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) não foi recebido pelos diretores do grupo.

A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro e as diretoras Priscilla Amaral, Jeniffer Galvão e Eliete Ramos, presentes ao ato, lamentaram a falta de consideração da empresa em não receber os Sindicato para a negociação. Elas reforçaram que os jornalistas devem intensificar a mobilização para fortalecer a Campanha Salarial 2013, com o tema “Jornalista Vale Mais”. O movimento conta com a parceria de representações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA) e dos Sindicatos dos Urbanitários do Pará, Bancários e Rodoviários de Belém.

O Sinjor-PA ressalta ainda que está em defesa dos profissionais e vai continuar vigilante, para que os trabalhadores não sejam vítimas de retaliação ou demissões por estarem exercendo o direito da categoria: de lutar por melhores salários e condições de trabalho. O Sindicato dará apoio aos que aderiram o movimento e também aos que ingressarão nas próximas manifestações, que vão acontecer em frente a outros veículos de comunicação da cidade.

Lembrando que nesta sexta-feira, 13, às 9h, haverá novo ato público. Desta vez, em frente à TV Record Belém, na rua Tamoios, 1448, no bairro do Jurunas. O próximo passo é a paralisação dos jornalistas das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), Diário do Pará, RBATV, TV Record Belém, SBT, Funtelpa, 99 FM e CBN. A decisão será deliberada em assembleia neste sábado, 14, às 9h30, na sede do Sinjor-PA. Também será discutido o acordo coletivo das ORM e do Diário do Pará.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Data-Base: Sinjor-PA convoca jornalistas para nova mobilização

Com intuito de fortalecer a campanha do piso salarial para jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) realiza novo ato público nesta quarta-feira, 11, a partir das 8h, em frente à RBATV, na Almirante Barroso. O objetivo é chamar a atenção da população contra a intransigência patronal em negociar o piso salarial e o acordo coletivo para a categoria.

Na última manifestação, ocorrida na quinta-feira, 5, também no mesmo local, os diretores do Sindicato foram impedidos de entrar na empresa para conversar com os jornalistas que trabalham no grupo. Mesmo assim, a mobilização continuou do lado de fora, com o apoio dos colegas do Grupo Liberal, Diário do Pará, assessores de imprensa, e da TV Record Belém, que têm se destacado por abraçarem a causa com uma grande adesão de trabalhadores. O movimento também conta com a parceria de representações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA) e dos Sindicatos dos Urbanitários do Pará, Bancários e Rodoviários de Belém.

A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, destacou que a luta é de todos, pois este é o momento de mostrar aos patrões que os trabalhadores estão insatisfeitos com a desvalorização profissional praticada em algumas empresas.“Vamos reafirmar a luta pela valorização do trabalho, com saúde e segurança, melhores salários, entre outras reivindicações sociais”, ressaltou.

Para Sheila Faro, esse é o momento de intensificar a mobilização e buscar o fortalecimento da Campanha Salarial 2013, com o tema “Jornalista Vale Mais”. “O envolvimento e o empenho de cada trabalhador e trabalhadora é fundamental para a vitória da categoria”, concluiu.

Fenaj completa 67 anos de atuação e solicita que autoridades políticas lembrem as histórias de lutas da Federação

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vai completar 67 anos no próximo dia 20 de setembro. Certamente, a data precisa ser lembrada e comemorada. Por isso, a Diretoria-Executiva vai divulgar nota pública para celebrar o aniversário e vai solicitar aos deputados e senadores simpatizantes da causa maior da Federação – a defesa do Jornalismo e dos Jornalistas – que ocupem a tribuna das duas casas legislativas nacionais para lembrar as histórias de lutas da nossa Federação.

Mas, para que esta comemoração se estenda por todo o País, a Federação solicitou aos dirigentes dos Sindicatos de Jornalistas que façam o mesmo apelo aos deputados de seus Estados. Para subsidiar os pronunciamentos aos parceiros legisladores, foi enviado abaixo um pequeno resumo da história de lutas da Fenaj, desde sua criação, em 1946, aos dias atuais:

A Fenaj congrega 31 sindicatos de jornalistas do Brasil. Criada em 20 de setembro de 1946, para defender e lutar pelas causas dos jornalistas e do jornalismo brasileiro, a Federação tem se empenhado, ao longo de seus 67 anos, para que haja uma comunicação democrática, ética e plural na sociedade brasileira, assim como luta pela valorização da profissão e do profissional jornalista, por meio da regulamentação da profissão.

Com mais de 50 mil jornalistas associados aos seus 27 sindicatos estaduais e quatro municipais, a Federação tem dado demonstrações históricas de preocupação com a liberdade de expressão e de imprensa, e com a democracia como valores inalienáveis do cidadão. Mas sem descuidar de sua missão principal: defender o Jornalismo e lutar por melhores condições de vida e trabalho para os jornalistas.

Ao defender o Jornalismo e a exigência do curso superior específico como forma de acesso à profissão, a Fenaj, por consequência lógica, protagonizou uma inédita proposta para a qualificação do ensino de Jornalismo, que serviu como referência para a elaboração das diretrizes curriculares para os cursos de Jornalismo, na década de 1990, e voltou a ser referência no debate recente de atualização destas diretrizes.

Atendendo à reivindicação histórica dos jornalistas organizados, a Fenaj construiu o anteprojeto de lei do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), que chegou a ser apresentado pelo ex-presidente Lula, mas que foi duramente combatido pelas grandes empresas de comunicação.

Nos últimos anos, os esforços dos jornalistas se voltaram para a conquista de um marco regulatório para a comunicação no Brasil e a recuperação da obrigatoriedade do diploma de nível superior para o exercício da profissão, equivocadamente derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mais recentemente, a categoria incorporou às suas bandeiras de lutas sindicais a instituição do Piso Salarial Nacional dos Jornalistas, proposta através do Projeto de Lei nº 2.960/11, do deputado federal André Moura (PSC-SE).

O combate à violência contra os jornalistas também está na agenda do dia da Federação. Como ações preferenciais, além das denúncias de cada caso, a Fenaj apoia a federalização das investigações dos crimes contra os jornalistas do Brasil, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB –RJ). Também propôs à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a criação de um Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e outros Profissionais da Comunicação.

A Federação tem, ainda, uma atuação internacional destacada há muitas décadas. Representou a presidência da Organização Internacional dos Jornalistas, OIJ, na década de 1990. Atualmente assume, por meio de seu presidente, Celso Schroder, a vice-presidência da Federação Internacional dos Jornalistas e a presidência da Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC). Também ocupa, por meio da jornalista Beth Costa, a secretaria-geral da FIJ, cargo executivo de grande importância na organização internacional dos jornalistas.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sinjor-PA realiza mobilizações pelo piso salarial para jornalistas




O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) realizou nesta terça-feira, 3, ato público em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Belém (SRTE), durante as duas audiências de conciliação marcadas entre representantes do jornal Diário do Pará e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep). O objetivo foi chamar a atenção da população contra a intransigência na patronal em negociar o piso salarial e o acordo coletivo. A categoria contou com o apoio do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA), Martinho Souza, e também do Sindicato dos Urbanitários do Pará.

Esteve presente apenas o representante do Diário do Pará, que mais uma vez rejeitou a proposta do Sinjor-PA, de um piso salarial de R$ 1.900,00 para os jornalistas, enquanto que o Sertep não enviou nenhum porta voz.

A interlocutora do Diário do Pará afirmou que a empresa reajustou em 7% os salários de abril, o que causou estranheza ao Sinjor. Em junho, a empresa fez proposta em audiência no Ministério Público, para pagamento do percentual em parcelas.

Diante de mais este impasse, o Sinjor-PA solicitou nova reunião com o Diário do Pará nesta quinta-feira, 5, às 9h, na sede da empresa. Neste dia, haverá ato público em frente à TV RBA, na avenida Almirante Barroso, para mostrar aos patrões que os trabalhadores estão insatisfeitos com os salários e condições de trabalho.

“O piso salarial é apenas uma das reivindicações do Sinjor-PA em prol da categoria. O salário do jornalista é uma vergonha. Precisamos continuar as mobilizações e mostrar para a sociedade a realidade de cada um de nós. Se não nos valorizarmos como profissionais, não vamos esperar que as empresas façam isso”, afirmou a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro.

Participaram da audiência Sheila Faro e a diretora do Sinjor-PA Eliete Ramos, que lamentou a falta de respeito do Sertep com a categoria, em não mandar seu represente para a conciliação. As diretoras Priscilla Amaral, Jeniffer Galvão e Enize Vidigal, presentes ao ato, também repudiaram a falta de consideração das empresas com a valorização dos jornalistas.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Mobilização em favor do piso salarial e pelo fim da violência contra jornalista

Diante do fato ocorrido na última segunda-feira, 26, com o jornalista e apresentador do programa Cidade Alerta, da TV Record Belém, Raphael Polito, que sofreu um atentado em frente a emissora, o Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor/PA) solicitou na terça-feira, 27, uma audiência com os responsáveis pela TV, para discutir a segurança e integridade física dos jornalistas que trabalham na empresa. Segundo a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, este fato está se tornando rotina na vida dos profissionais que trabalham para grandes grupos de comunicação, como fotógrafos, cinegrafistas, repórteres e até mesmo produtores. O Sindicato convoca a todos que apoiem esta iniciativa para ajudar a combater os casos de agressões injustificadas e violentas sofridas pelos jornalistas do Estado.

Aproveitando a ocasião do ato programado para esta terça feira, 3, às 9h, em frente a sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego –SRTE, em favor do piso salarial da categoria, o Sinjor-PA convida os colegas de profissão e toda a sociedade para comparecer e também assinar a lista de repúdio a violência praticada contra os jornalistas no Pará.

Para Sheila Faro é lamentável que tais fatos ocorram despercebidos, sem nenhum registro, nem mesmo nos meios pelos quais os profissionais prestam serviços. Ela disse que é necessário que estes veículos se posicionem a favor de seus trabalhadores. “Precisamos lembrar que o jornalista foi abordado e ferido no braço por um homem armado com faca em frente ao local de trabalho, e que a emissora sequer divulgou uma nota a respeito do caso. Estamos presenciando cenas violentas contra jornalistas, sem qualquer ação de defesa por parte dos patrões. Isso precisa mudar. Até porque o jornalismo não é uma profissão de risco, existem coberturas de risco e sabemos que os profissionais que cobrem as pautas mais arriscadas também não recebem nenhum adicional para isso”, ressaltou Sheila Faro.

A presidente ainda esclareceu que o Sinjor-PA, na qualidade de representante maior da categoria, vai continuar defendendo todos os jornalista, independentemente do meio ou órgão em que exercem a profissão. “Nossa função é lutar pelos interesses do profissional, sem fazer distinção a ninguém. Estamos aguardando a resposta a TV Record Belém, para darmos seguimento às ações”, afirmou.

Sheila informou ainda que o Sindicato vai promover um evento para fazer um grande debate sobre a situação da violência contra os jornalistas no Pará. “É inadmissível que estes profissionais continuem sendo vítimas de oportunistas em pleno exercício da profissão. Não vamos cruzar os braços diante de total descaso por parte das empresas que não dispõem o mínimo de segurança durante o trabalho do jornalista”, concluiu.

Serviço
Mobilização em favor do piso salarial e pelo fim da violência contra jornalista 

Data: 3 de setembro – terça-feira
Hora: 9h
Local: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego –SRTE
Endereço: Rua Gaspar Viana, 284, esquina com a rua 1º de Março - Campina
Informações: (91) 3246-5209

domingo, 1 de setembro de 2013

Sinjor-PA solicita acesso de repórteres para coberturas das atividades na Alepa

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) encaminhou no início deste mês, um oficio ao presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Márcio Miranda, solicitando que os repórteres devidamente credenciados para realizar a cobertura diária das ações do legislativo nos veículos de comunicação, voltem a ter acesso ao plenário.

O Sinjor-PA ressalta que o acesso dos jornalistas ao plenário dos poderes legislativos é uma realidade nacional, vigente nos Estados e nos municípios, inclusive, na Câmara Municipal de Belém, onde a bancada da imprensa fica localizada dentro do ambiente do plenário. Na própria Câmara Federal e no Senado, em Brasília, o acesso aos jornalistas é permitido nas galerias contíguas aos plenários, sem o distanciamento imposto por divisórias envidraçadas.

Para a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, a entrada dos repórteres na Alepa sempre foi permitida, conforme afirmado anteriormente, durante toda a história da Casa de Leis. “Essa realidade foi alterada durante a gestão do ex-presidente Domingos Juvenil, o mesmo que veio a se tornar referência nacional, oposta a de um gestor responsável, transparente e ético no trato da máquina pública, após ter passado pela presidência da Alepa”, afirmou.

Sheila Faro disse que aguarda o posicionamento da Casa. Ela ainda aproveitou a oportunidade para agradecer, em nome dos jornalistas (repórteres e assessores de imprensa), a recepção dada pela nova chefe da Assessoria de Imprensa e Divulgação da Alepa.
Conforme deliberação da assembleia com jornalistas do Diário do Pará, Grupo RBA, Record, SBT e demais tvs e rádios que integram o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), vamos parar as redações nesta terça-feira, 3, às 9h, para que os trabalhadores possam participar de ato em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE, onde estará acontecendo audiência de conciliação entre Sinjor-Pa, Sertep e Diário do Pará. O objetivo é pressionar os interlocutores das empresas a negociarem a instituição do piso salarial da categoria no Pará. Participe!