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terça-feira, 29 de abril de 2014

Sindicato dos Jornalistas segue com ação coletiva de correção do FGTS

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-Pa) continua ajuizando ações individuais visando recuperar perdas nos saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Foi também ajuizada ação coletiva perante a Justiça Federal. Todas as ações, contra a Caixa Econômica Federal (CEF), têm o objetivo de corrigir o saldo do FGTS a partir de 1999 pelo índice de inflação (INPC ou IPCA), já que a correção vem sendo feita pela Taxa Referencial (TR), o que causa uma defasagem superior a 80% no saldo do fundo.

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, suspendeu, em fevereiro, o andamento de todas as ações judiciais que discutem o uso da TR como índice de correção do saldo do FGTS. O caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por meio de recurso especial, e foi recebido sob o rito dos recursos repetitivos. Isso quer dizer que o resultado deste julgamento será aplicado para todos os processos em trâmite no país.

De acordo com o assessor jurídico do Sinjor-PA, André Serrão, em função do grande número de ações ajuizadas com sentenças favoráveis e contrárias em primeira instância, o STJ já se manifestou no sentido de dar uma solução para a questão. O subprocurador-geral da República, Wagner Mathias, do Ministério Público Federal (MPF), emitiu parecer favorável à correção das contas do FGTS pela inflação.

“Os trabalhadores devem sim continuar ajuizando as ações, sobretudo por conta da expectativa de redução do prazo prescricional de 30 para apenas cinco anos, que já tem voto favorável do relator, Ministro Gilmar Mendes, em outro processo em trâmite no Superior Tribunal Federal (STF). Ajuizadas, as ações ficam paralisadas aguardando a manifestação dos tribunais superiores, que servirá para todas as ações ajuizadas no país”, explicou Serrão.

Têm direito, em tese, todos os trabalhadores que tenham recebido depósitos na conta do FGTS de 1999 até hoje. Para entrar com a ação, o trabalhador só precisa de cópias simples de RG, CPF e comprovante de residência. Além disso, precisará fornecer extrato analítico detalhado da conta do FGTS de 1999 até este ano, que pode ser conseguido junto à CEF, inclusive pela internet, por meio do site www.caixa.gov.br. Após isso, o trabalhador pode se dirigir ao Sinjor-PA de segunda-feira a sexta-feira, no horário de 8h às 18h. Lembrando que é preciso ainda assinar a procuração para que possa ser ajuizada a ação. Mais informações pelo telefone 3246-5209.

domingo, 27 de abril de 2014

Data-base 2014: Assembleia com os jornalistas que trabalham nas empresas filiadas ao Sertep

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) realizará assembleia nesta segunda-feira, 28, às 20h30, na sede da entidade sindical, localizada na rua Diogo Moia, 986, Umarizal, para discutir assuntos relacionados ao acordo coletivo de trabalho dos jornalistas que trabalham nas empresas que integram o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep).

Devem comparecer à assembleia, trabalhadores da TV Record, TV SBT, TV RBA, TV Nazaré, TV Liberal, TV Boas Novas, TV Tapajós-Santarém, TV Floresta-Tucuruí, TV Guarany-Santarém, Rede de Televisão Paraense – RTP, em Castanhal, e TV Liberal de Marabá.

Também devem se fazer presentes, os jornalistas das 23 rádios filiadas ao sindicato patronal, entre elas Diário FM, Transpaz, Rádio Nazaré, 99 FM, Clube, Jovem Pan, Rádio Liberal AM e FM, Rauland, Tapajós, Educadora-Bragança, Floresta-Tucuruí, Vale do Xingu-Altamira, Guarany-Santarém, 91 FM-Marabá e Pérola-Bragança.

Serão discutidos pontos importantes para os trabalhadores e criada a pauta de negociação que será enviada ao Sertep.

Jornalista Vale Mais!

Data-base 2014: Assembleia aprova propostas para pauta de negociação com as ORM

Na última assembleia, ocorrida na quarta-feira, 23, com os jornalistas das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), foram aprovadas por unanimidade as propostas apresentadas pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), são eles: reajuste com aumento real de 10% no salário dos jornalistas para as categorias A, B e C; redução da compensação das horas extras para três meses, que atualmente é de dez meses; liberação de um dirigente sindical para trabalhar no Sindicato; auxílio alimentação de R$ 400; e a equiparação do salário entre jornalistas do interior e da capital.

Já está marcada para a próxima terça-feira, 29, às 12h, outra assembleia com os jornalistas das ORM, com a presença da assessoria jurídica do Sinjor-PA. Após a deliberação, a pauta será encaminhada à direção do grupo ORM, juntamente com um ofício propondo negociação para o dia 06 de maio.

Jornalista Vale Mais!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Eleições Sinjor-PA 2014: Comissão Eleitoral define prazo para regularização sindical

Nesta quarta-feira, 23, os integrantes da Comissão Eleitoral do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) reuniram-se para estabelecer novas normas que darão seguimento ao pleito de 2014. Foi definido o dia 28 de deste mês como prazo final para regularização dos associados em atraso com a sua contribuição sindical. O sindicalizado precisa estar adimplente até 45 dias antes da eleição, conforme regimento eleitoral, para exercer o direito de voto no dia 11 de junho, quando será escolhida a nova diretoria para o triênio 2014/2017.

O Sindicato providenciará as cédulas eleitorais que deverão ter, dentre outras coisas, as características previstas no art. 30 do regimento eleitoral. O Sindicato também vai preparar a confecção das cabines de votação para garantir o isolamento do eleitor, bem como urnas que assegurem a inviolabilidade do voto. No total, serão quatro urnas, dentro dos padrões da última eleição realizada pelo Sindicato.

No dia da votação, serão três urnas fixas distribuídas na sede do Sinjor-PA, e nas redações dos jornais Diário do Pará e O Liberal. Também está autorizada a urna itinerante, que vai percorrer as redações da TV Record, Fundação Paraense de Radiofusão (Funtelpa), TV Record e TV Liberal. A votação vai acontecer no horário de 8h às 20h.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Data-base 2014: Assembleia deliberativa com os jornalistas das ORM

Com objetivo de discutir assuntos relacionados ao acordo coletivo de trabalho dos jornalistas das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) convoca os trabalhadores da empresa para Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada nesta quarta-feira, 23, às 12h, na sede da entidade.

Durante a reunião, os jornalistas vão definir a pauta de reivindicações da data-base 2014. Lembrando que no ano passado o Sindicato conseguiu a equiparação do salário dos produtores com o repórter A, beneficiando os jornalistas do jornal O Liberal e da TV Liberal. O aumento significou a elevação de 26% no salário dos jornalistas que trabalham no grupo.

Ainda no processo de data-base 2014, está marcada para o dia 28 deste mês, às 20h30, a assembleia com os jornalistas que trabalham nas empresas de rádio e televisão filiadas ao Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), com intuito de deliberar a pauta de reivindicações a ser enviada ao Sertep.

Até o final deste mês, o Sindicato também vai marcar assembleia com os jornalistas da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), com objetivo de firmar um acordo coletivo específico para os funcionários da fundação.

Considerando que a assembleia será realizada no horário do almoço, o Sindicato vai oferecer uma sopa aos jornalistas presentes.

Assembleia data-base 2014

Data: 23 de abril – quarta-feira
Hora: 12h
Local: Sinjor-PA
End.: Rua Diogo Móia, 986 – Umarizal

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sinjor-PA discute data-base com jornalistas em assembleia geral

Os jornalistas da TV Record Belém, reunidos em assembleia geral na terça-feira, 15, com o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), definiram uma série de ações de luta para o processo da data-base 2014. O objetivo é conquistar um acordo coletivo de trabalho diretamente com a TV Record, para facilitar e contemplar as reivindicações dos trabalhadores da emissora, que tem como data-base o mês de maio.

Entre a pauta de reivindicações a serem apresentadas ao veículo de comunicação estão: a equiparação do salário dos repórteres cinematográficos, progressão funcional (implementação de níveis de repórter A, B e C), segurança para os repórteres que trabalham em cobertura policial, aumento real de salário, isonomia salarial, e o fim do assédio moral.

Ainda no processo de data-base 2014, está marcada para o dia 23 deste mês, a assembleia com os jornalistas que trabalham nas Organizações Rômulo Maiorana (ORM). No dia 28, também haverá assembleia com os jornalistas que trabalham nas empresas de rádio e televisão filiadas ao Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), com intuito de deliberar a pauta de reivindicações a serem enviadas ao Sertep.

Até o final deste mês, o Sindicato também vai marcar assembleia com os jornalistas da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), com objetivo de firmar um acordo coletivo específico para os funcionários da fundação.

Jornalista Vale Mais!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sindicato dos Jornalistas inicia processo da data-base 2014


O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) já iniciou os procedimentos relativos à data-base de 2014. O objetivo é mobilizar a categoria para a discussão e definição da pauta de reivindicações a serem apresentadas aos veículos de comunicação, que têm como data-base o mês de maio.

A primeira assembleia geral que irá deliberar sobre a negociação coletiva está marcada com os jornalistas da TV Record Belém. O Sinjor-PA se reuniu com os trabalhadores no último sábado, 12, e na ocasião ficou definida nova assembleia para esta terça-feira, 15, às 20h30, na sede da entidade.

O intuito é deliberar ações para alcançar um acordo coletivo de trabalho direto com a TV Record Belém, para facilitar e contemplar as reivindicações dos trabalhadores da emissora.

Ainda no processo de data-base 2014, está marcada para o dia 23 deste mês, outra assembleia com os jornalistas que trabalham nas Organizações Rômulo Maiorana (ORM). Entre os debates, que marcam as negociações, será formulada uma lista de sugestões que poderão ser incluídas como novas propostas.

A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, destacou a importância da adesão dos trabalhadores dos veículos de comunicação às convocações. “Somente com a participação e mobilização de todos é que conseguiremos alcançar conquistas concretas”, disse.

Até o final deste mês, o Sindicato também vai marcar assembleia com os jornalistas da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), com objetivo de firmar um acordo coletivo específico para os funcionários da fundação.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Eleições Sinjor-PA 2014: Conheça as chapas que concorrem ao pleito deste ano

As duas chapas que disputam as eleições do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) já iniciaram suas ações para a campanha de 2014. Participam da disputa a Chapa 1 - “Sou Mais Sinjor: Jornalistas, é hora de somar!”, tendo a jornalista Roberta Vilanova como candidata a presidente e o repórter cinematográfico, João Freitas, candidato a vice-presidente; e a Chapa 2 - “Mudança Já! Sindicato é para lutar!”, com a jornalista Helena Palmquist, candidata a presidente, e o repórter fotográfico Elcimar Neves a vice-presidente. As chapas foram registradas e aprovadas pela Comissão Eleitoral no início deste mês. O pleito para a escolha da nova gestão do Sinjor-PA será realizado no dia 11 de junho.

Serão escolhidos de forma direta o presidente, vice-presidente, tesoureiro, secretário, delegado junto ao conselho de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), comissão de comunicação evento e cultura, comissão de ética e liberdade de imprensa e conselho fiscal. Os novos diretores assumirão o mandato de três anos (2014/2017).

Nesta quarta-feira, 16, às 15h, a Comissão Eleitoral se reunirá com os representantes do Sinjor-PA e das chapas 1 e 2, para discutir assuntos relacionados ao andamento do processo eleitoral.

Confira abaixo, as duas listas com os nomes dos jornalistas que compõem as Chapas 1 e 2 das Eleições Sinjor-PA 2014, pela ordem de inscrição, conforme o Regimento Eleitoral.
CHAPA 1

CARGO
NOME
Diretor-Presidente
Roberta Vilanova
Vice-Diretor
João Freitas
Secretário geral
Enize Vidigal
1º Tesoureiro
Jeniffer Galvão
2º Tesoureiro
Dilson Pimentel
1º Sec. do Interior
Priscilla Amaral
2º Sec. do Interior
Manuel Dutra
1º Sec. Mob. Formação Sindical
Victor Furtado
2º Sec. Mob. Formação Sindical
Eliete Ramos
1º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Ronaldo Silva
2º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Cézar Magalhães
Primeiro Suplente
Fúvio Maurício
Segundo suplente
Tarso Sarraf
Terceiro Suplente
Isabela Medeiros

DELEGADO JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS
Titular
Sheila Faro
Suplente
Tânia Menezes

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO EVENTO E CULTURA
1º membro
Nielson Bargas
2º membro
Wildes Lima
3º membro
Rômulo Gomes

COMISSÃO DE ÉTICA E LIBERDADE DE IMPRENSA
1º Titular
Walber Monteiro
2º Titular
Edyr Falcão
3º Titular
Elielton Amador
4º Titular
Diane Maués
5º Titular
Avelina Castro
1º Suplente
Arcângela Sena
2º Suplente
Ana Paula Mesquita
3º Suplente
Karlla Catete
4º Suplente
Isa Arnoud
5º Suplente
Mauro Black
CONSELHO FISCAL
1º Conselho Fiscal
Irna Cavalcante
2º Conselho Fiscal
Andréia Espírito Santo
3º Conselho Fiscal
Thereza Christina Hayne
1º Suplente Conselho Fiscal
Ailton Monteiro
2º Suplente Conselho Fiscal
Nara Bandeira

CHAPA 2

CARGO
NOME
Diretor-Presidente
Helena Palmquist
Vice-Diretor
Elcimar Neves
Secretário geral
Felipe Melo
1º Tesoureiro
Max Costa
2º Tesoureiro
Sandra Rocha
1º Sec. do Interior
Lene Santos
2º Sec. do Interior
Adison Ferrera
1º Sec. Mob. Formação Sindical
Jecyone Pinheiro
2º Sec. Mob. Formação Sindical
Daniele Brabo
1º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Elias Santos
2º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Fátima Gonçalvez
Primeiro Suplente
Herbert Marcus
Segundo suplente
Brenda Taketa
Terceiro Suplente
Marly Quadros

DELEGADO JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS
Titular
Paulo Roberto Ferreira
Suplente
Rose Gomes

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO EVENTO E CULTURA
1º membro
Élida Galvão
2º membro
Cláudia Saldanha
3º membro
Thiago Araújo

COMISSÃO DE ÉTICA E LIBERDADE DE IMPRENSA
1º Titular
Carlos Boução
2º Titular
Joice Santos
3º Titular
José Rayol
4º Titular
Silvaneide Guedes
5º Titular
Alexandre Lins
1º Suplente
Leidemar Oliveira
2º Suplente
Ismar Antônio
3º Suplente
Rosane Steinbrenner
4º Suplente
Amanda Aguiar
5º Suplente
Mário Pinto de Paiva
CONSELHO FISCAL
1º Conselho Fiscal
Cleide Magalhães
2º Conselho Fiscal
Antônio Cícero
3º Conselho Fiscal
Ieda Jucá
1º Suplente Conselho Fiscal
Danielle Franco
2º Suplente Conselho Fiscal
Leonardo Fernandes

ATENÇÃO JORNALISTAS DA TV RECORD BELÉM


NOTA DE REPÚDIO CONTRA A AGRESSÃO SOFRIDA PELA JORNALISTA ALIENE RIBEIRO

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) vem a público repudiar mais um ato de repressão praticado por policiais contra profissionais da imprensa. No último dia 07 (segunda-feira), a jornalista paraense Aliene Ribeiro foi agredida covardemente por Policiais Militares na estação da Luz, em São Paulo. A agressão ocorreu no momento em que ela filmava com celular a revista arbitrária a que estava sendo submetido um amigo, quando pararam para pedir informação em uma base da PM.

Depois de passar a informação, o PM abordou o amigo da jornalista e pediu a sua identidade, que imediatamente foi entregue. Em seguida, o policial obrigou o rapaz a colocar as mãos na cabeça para passar por uma revista pessoal. Aliene tentou convencer os policiais que não havia necessidade da revista, mas foi ignorada. Diante da insistência dos policiais, ela se identificou como jornalista e começou a filmar o fato.

Sem nenhum motivo, os policiais pediram reforço de uma viatura que trouxe mais três militares. Na sequência, eles espirraram gás de pimenta no rosto da jornalista e, covardemente deram um chute em sua perna esquerda. Não satisfeitos, eles ainda tomaram seu celular. Após as agressões, Aliene foi levada de camburão para o 2º Distrito Policial no Bom Retiro. Lá, os dois prestaram depoimento e Aliene foi encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

O Sinjor-PA lamenta a crescente onda de violência contra jornalistas e pede que mais esse episódio seja apurado pelas autoridades competentes, para que os culpados não fiquem impunes. Policiais agressores precisam ser punidos para que situações semelhantes não se repitam. O Sinjor-PA repudia a ação autoritária da PM de São Paulo e se solidariza com a jornalista paraense Aliene Ribeiro.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PM de SP agride, prende e espirra gás de pimenta em jornalista paraense


A jornalista paraense Aliene Ribeiro (foto) foi agredida covardemente por Policiais Militares na estação da Luz, região central da cidade. Ela filmava com celular a revista arbitrária a que estava sendo submetido um amigo seu só por que tinham parado para pedir informação em uma base da PM. Um dos policiais de plantão no posto cismou com o rapaz e decidiu lhe dar uma “geral”, efetuando-lhe uma revista. Aliene, não se conformou com a atitude arbitrária e passou a filmá-la. Por isso, levou gás de pimenta no rosto e foi levada de camburão para o 2º Distrito Policial no Bom Retiro.

Aliene procurou a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) para solicitar apoio. A entidade repudia a ação truculenta da PM com qualquer cidadão, sobretudo jornalistas, e exige a identificação e punição dos responsáveis. Este é o relato dela:

“Truculência, violência e arbitrariedade, parece ser a missão da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Na madrugada do dia 7 de Abril fui mais uma vítima da violência da PM. Ao sair da Sede Luz do Faroeste, na Luz, segui em direção a Praça Júlio Prestes na companhia de um amigo, quando nos deparamos com uma base móvel da PM (Base 13270) e lá paramos para pedir uma informação.

Depois de nos dar a informação, o PM pediu a identidade do meu amigo, que imediatamente a entregou ao mesmo que, em seguida pediu para que meu amigo colocasse as mãos na cabeça para passar por uma revista pessoal, o famoso “baculejo”.

Amigo, que absurdo, não tem necessidade disso. Nós só viemos pedir uma informação. O PM, se dirigindo ao colega de farda, pede apoio aí. Amigo, não tem necessidade disso, eu sou jornalista, me desculpa mais eu vou ter que filmar isso. Isso é um absurdo, um abuso, amigo. Então, me afastei um pouco da ação e comecei a filmar aquela abordagem arbitrária e completamente abusiva e truculenta. Afinal, nós havíamos parado ali para pedir uma ajuda, uma informação. Quando, menos de um minuto depois, eu filmava e argumentando que, aquilo era um absurdo, chegou uma viatura com mais três policiais. Aí começou o meu terror. O sargento PAULO HENRIQUE MARCONDES, já desceu da viatura em minha direção, dizendo: - o que aconteceu?

Na sequência, espirrou gás de pimenta no meu rosto e me deu um chute na perna esquerda. Não satisfeito, ainda me tomou meu celular. A partir daí, eu completamente “cega” me desesperei, comecei a gritar pedindo meu celular de volta, xingando aquela atitude monstruosa e cruel, com rosto pegando fogo. Ainda não satisfeitos com tamanha arbitrariedade e violência, ainda nos jogaram no camburão da viatura pra irmos á delegacia, 2ºDP Bom Retiro. Lá, prestamos depoimento eu, agredida fisicamente que fui, peguei encaminhamento para um exame de corpo de delito no IML.

Detalhe: no Boletim de Ocorrência, não consta absolutamente nada sobre terem me tomado o celular e apagado o vídeo que eu havia feito, na versão, mentirosa e destorcida deles, usaram o gás de pimenta por que eu “investi” contra o sargento MARCONDES, que precisou usar o gás para me conter e é obvio ululante que também não consta nada sobre o chute que o covarde me deu na perna depois de me espirrar o gás! Absolutamente mentira, deslavada. Ela já chegou me agredindo e me arrancando das mãos um bem meu, meu celular, fiquei completamente sem a menor chance de defesa, por conta do gás em meu rosto. (BO nº2333/2014).

Ai eu me pergunto...quando isso vai acabar? Até quando cidadãos comuns, trabalhadores terão seus direitos cerceados dessa maneira? Até quando vão dar sumiço nos Amarildos e arrastar as Cláudias? Disso tudo fica uma sensação horrorosa de violação, de impotência... – Nós temos fé pública, me disse o PM Arthur! E eu, não? . E uma lição: nunca mais pedir uma informação pra um PM! Aliene Ribeiro, violada, indignada! #NãoMereçoSerAgredida “

Eleições Sinjor-PA 2014: Comissão Eleitoral define novas ações para o pleito

Em reunião realizada na terça-feira, 8, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), os membros da Comissão Eleitoral do Sindicato, Emanuel Villaça, presidente, Vivianny Matos e Jorge Vidal Matos, deliberaram algumas ações para o andamento do processo eleitoral que definirá a nova diretoria do Sinjor-PA para o triênio 2014/2017.

Em comum acordo com a única chapa presente, a Comissão disponibilizou, aos representantes legais das Chapa 1 - “Sou Mais Sinjor: Jornalistas, é hora de somar!”, e Chapa 2 “Mudança Já! Sindicato é para lutar!”, a relação provisória dos 380 jornalistas associados em dia com as suas obrigações sindicais, aptos a votar no pleito eleitoral que ocorrerá no dia 11 de junho, conforme prevê o Regimento Eleitoral.

Para dar mais transparência ao processo eleitoral, eles decidiram pela publicação da lista no site do Sinjor-PA, que também será afixada em local visível na sede da entidade. A Comissão Eleitoral já solicitou ao Sindicato a confecção das cédulas que serão utilizadas no dia da eleição.

Além disso, ficou estabelecido o dia 14 de maio, com data final para que os associados façam a sua regularização sindical para que estiver em atraso, pois o sindicalizado precisa estar adimplente até o dia 14 de maio.

A emissão e divulgação da lista definitiva, constando os nomes de todos os jornalistas habilitados à votar, será feita pelo Sindicato no dia 15 de maio, com os mesmos procedimentos da publicidade da lista provisória.

Também no dia 15 de maio, os membros da Comissão emitirão a lista dos jornalistas convocados para trabalhar como mesários no dia da eleição. Em reunião, eles decidiram que os integrantes das mesas coletoras assumirão a função de apuradores de suas respectivas mesas, na sede do Sindicato após 20h.

As duas chapas que concorrem ao pleito devem solicitar à Comissão Eleitoral qualquer documento de comprovação, para efeitos legais perante a fonte empregadora de que o mesmo é candidato às eleições Sinjor-PA 2014. As chapas são responsáveis pelo fornecimento de seu material de propaganda eleitoral, que deverá ser enviando para o endereço eletrônico da Assessoria de Comunicação do Sindicato: ascomsinjorpa@gmail.comal. A Comissão voltará a convocar as chapas, assim que houver necessidade de novas deliberações.

Confira a lista provisória dos associados em dia, aptos a votar no pleito eleitoral que ocorrerá no dia 11 de junho, no link: http://goo.gl/2aWpRt

Sinjor-PA cobra explicações de comando de greve da polícia militar

Representantes do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) reuniram-se na noite de segunda-feira, 7, com os militares concentrados no 6º Batalhão da Polícia Militar, na BR-316, onde os praças estão acampados há seis dias, para cobrar explicações oficiais dos manifestantes a respeito das agressões sofridas pelo jornalista Márcio Lins e o repórter cinematográfico Jairo Lopes, da TV Liberal, no último sábado, 5, durante protesto dos militares. A reunião aconteceu após a exigência pública do Sindicato, de um esclarecimento do comando de greve.

O cinegrafista Jairo Lopes teve o equipamento danificado após ser empurrado por trás. Márcio Lins foi surpreendido com um soco nas costas e chegou a desmaiar com o ataque. A equipe registrou ocorrência na seccional de polícia da Cidade Nova, e em seguida, levada para fazer exames de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

Estiveram presentes na reunião a ouvidora geral e membro da Comissão de Atividades Policiais da OAB-PA, Ivanilda Pontes, o assessor jurídico do Sinjor-PA, André Serrão, as diretoras da entidade Enize Vidigal e Jenniffer Galvão, e o presidente da Comissão da Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, Sávio Barreto, designado pelo presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, para acompanhar todo o caso, a pedido do Sindicato.

O comando de manifestação dos policiais militares, representado por Haelton Costa, porta-voz dos praças, se comprometeu de que nenhum profissional será mais agredido durante a cobertura da greve. “O nosso movimento não teria a repercussão que temos hoje se não fosse a cobertura da imprensa. Até a informação negativa, se for bem trabalhada pode ser usada a nosso favor”, afirmou Costa.

A presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, cobrou a identificação do agressor, o que não ocorreu. Eles se limitaram somente em dizer que se tratava de um uma pessoa infiltrada que tinha o objetivo de desqualificar o movimento. Ela também pediu que a liderança do movimento assine uma nota oficial esclarecendo à sociedade o que ocorreu no sábado.

"O Sindicato dos Jornalistas já recebeu denúncias de hostilidade a jornalistas do próprio jornal O Liberal. Queremos deixar bem claro que o Sinjor-PA apoia o movimento dos policiais. E não podia ser diferente, já que lutamos pela causa dos trabalhadores. Mas temos que ressaltar que não podemos aceitar que os jornalistas, sejam eles de quaisquer veículos que sejam, sofram agressões quando estão desempenhando as suas atividades. A sociedade tem o direito basilar de ser informada e os jornalistas estão aqui cumprindo esse dever. O alvo de vocês deve ser o governo, os patrões, não os jornalistas que também são trabalhadores”, afirmou a presidente Sheila Faro.
O membro da Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB-PA, Sávio Barreto informou que o caso está sendo investigado pela Comissão que vai divulgar uma nota de repúdio e cobrar as devidas punições aos agressores. O assessor jurídico do Sinjor-PA, André Serrão está acompanhando todos os fatos que envolvem denúncias de agressão aos jornalistas, especialmente o caso envolvendo os trabalhadores da TV Liberal.

O suposto agressor já foi identificado pela TV Liberal. O sargento Valcir Corrêa é um dos lideres do movimento, que está no topo da lista de um dos policias com prisão decretada. O Sindicato também representará contra o agressor. O Sinjor, juntamente com a OAB-PA e a Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), vai subscrever um documento e encaminhar ao governo do Estado para que abra um canal de negociação com os praças.

Justiça determina reintegração de jornalistas no grupo RBA

Nesta segunda-feira, 7, data em que se comemora o Dia do Jornalista, foi publicada a sentença da ação coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) contra o grupo RBA, que será obrigado a reintegrar os jornalistas Amanda Aguiar, Felipe Melo, Cris Paiva e Adison Ferrera, além de ter que pagar uma indenização no valor de R$ 30 mil, a título de danos morais, a cada um dos quatro jornalistas demitidos em novembro do ano passado. A decisão foi exarada pela juíza substituta da 5ª Vara da Justiça do Trabalho, Karla Martins Frota, que julgou totalmente procedente a ação movida pelo Sinjor-PA.

Os trabalhadores foram dispensados após a greve ocorrida na TV RBA, Diário do Pará e Diário On Line, em setembro, logo após o fim do prazo de estabilidade de 45 dias firmada em acordo com o Sindicato, que culminou com o fim da greve.

O assessor jurídico do Sinjor-PA, André Serrão, ressaltou que a decisão da justiça do trabalho, atendendo aos anseios da sociedade que acompanha atentamente o caso, reverteu a atitude abusiva e discriminatória da empresa, que demitiu coletivamente os trabalhadores. “Eles exerciam seu direito de greve, constitucionalmente assegurado. Esta decisão determina a reintegração dos jornalistas aos postos de trabalho, bem como condena a empresa ao pagamento de indenização por danos morais no valor total de R$ 120 mil, ou seja, R$ 30 mil para cada", explicou Serrão.

Para a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, com esta decisão, o jornalista ganha de fato o direito de lutar por mais respeito e condições dignas de trabalho. “Essa vitória é de toda a categoria. Isso fortalece nossa luta para continuarmos reivindicando melhores condições de trabalho e um piso salarial digno. Os jornalistas merecem respeito, valorização e o salário condizente à dimensão do nosso papel perante a sociedade”, afirmou.

Greve: A greve dos jornalistas do Diário do Pará, TV RBA e do Portal Diário Online se deu no contexto do movimento "Jornalista Vale Mais", lançado pelo Sinjor-PA. Anteriormente à greve, amparada pelo Sindicato, foram realizadas quatro manifestações da campanha de valorização profissional no Estado. Uma em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, outra na TV Record e duas na RBA. Após seis dias de paralisação dos trabalhadores, o Sinjor-PA e a empresa chegaram a um acordo vitorioso. A principal reivindicação dos funcionários foi atendida: o piso salarial da redação passou de R$ 1 mil para R$ 1,3 mil, aumento salarial imediato de 30% chegando a 50% (R$ 1.500) em abril deste ano.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Interface entre Jornalismo e Saúde: reconhecer para enfrentar

Caro colega jornalista. Hoje comemora-se duas datas importantes, Dia do Jornalista e Dia Mundial da Saúde. Portanto, um dia oportuno para refletirmos sobre o mundo do trabalho dos jornalistas em geral, que todos os dias sofrem com estresse e assédio moral no ambiente de trabalho e veem suas vidas ameaçadas pela violência no desempenho de suas funções nas ruas da cidade.

O Dia do Jornalista foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, médico e jornalista, que foi assassinado por inimigos políticos, no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo. Sua morte gerou um movimento popular que levou à abdicação de D. Pedro I, no dia 7 de abril de 1831. Assim, a data foi escolhida para marcar a fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), por Gustavo de Lacerda, em 1908 e instituição, pela própria ABI, do Dia do Jornalista nas comemorações de um século da abdicação de D. Pedro I, em 1931.

Já o Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, devido à preocupação de seus membros em manter o bom estado de saúde das pessoas em todo o mundo, e também alertar a todos sobre os principais problemas que podem afetar a população mundial.

Para a OMS, "saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença", ou seja, não é apenas a ausência de doenças físicas e mentais que determinam se uma pessoa é ou não saudável. Hoje, sabe-se, que a saúde e qualidade de vida dependem de condicionantes e determinantes sociais, daí a necessidade de ações intersetoriais e integração das diversas políticas públicas, como Educação, Saúde, Habitação, Saneamento e Assistência Social etc., para garantir uma vida saudável à população.

O psicólogo, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Heloani, que desde 2003, investiga a interface entre saúde e a profissão jornalística, inicialmente, realizou uma pesquisa com jornalistas de São Paulo e Rio de Janeiro, que revelou um perfil preocupante sobre como vivem os jornalistas e por que adoecem. O trabalho ouviu dezenas de jornalistas, utilizando o método de pesquisa quantitativo e qualitativo, envolvendo profissionais de rádio, TV, impresso e assessorias de imprensa. Embora a amostragem envolva apenas dois Estados brasileiros, trata-se de uma situação que ocorre em todo o País.

Para se ter noção da situação, seguem trechos da entrevista concedida à jornalista Elaine Tavares e publicada no site do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, em julho de 2010, que retratam bem o que o jornalista vive hoje.

“Segundo Heloani “a mídia é um setor que transforma o imaginário popular, cria mitos e consolida inverdades. Uma delas diz respeito à própria visão do que seja o jornalista. Quem vê a televisão, por exemplo, pode criar a imagem deformada de que a vida do jornalista é de puro glamour”. A pesquisa deixa claro que, assim como a absoluta maioria dos jornalistas é completamente apaixonada pelo que faz, ao mesmo tempo está em sofrimento pelo que faz, o que na prática quer dizer que, amando o jornalismo, eles não se sentem fazendo esse jornalismo que amam, sendo obrigados a realizar outra coisa, a qual odeiam. Daí a doença!”.

“Heloani observou que as empresas de comunicação atualmente tendem a contratar pessoas mais jovens, provocando uma guerra entre gerações dentro das empresas. Como os mais velhos não tem mais saúde para acompanhar o ritmo frenético imposto pelo capital, os patrões apostam nos jovens, que ainda têm saúde e são completamente despolitizados. Porque estão começando e querem mostrar trabalho, eles aceitam tudo e, de quebra, não gostam de política ou sindicato, o que provoca o enfraquecimento da entidade de luta dos trabalhadores”.

“Um exemplo disso é o aumento da multifunção entre os jornalistas mais novos. Eles acabam naturalizando a ideia de que podem fazer tudo, filmar, dirigir, iluminar, escrever, editar, blogar etc… A jornada de trabalho, que pela lei seria de 5 horas, nos dois estados pesquisados não é menos que 12 horas. Há um excesso vertiginoso. Para os mais velhos, além da cobrança diária por “atualização e flexibilidade” há sempre o estresse gerado pelo medo de perder o emprego. Conforme a pesquisa, os jornalistas estão sempre envolvidos com uma espécie de “plano B”, o que pode causa muitos danos a saúde física e mental. Não é sem razão que a maioria dos entrevistados não ultrapasse a barreira dos 20 anos na profissão. “Eles fatalmente adoecem, não agüentam”.”

“O assédio moral que toda essa situação causa não é pouca coisa. Colocados diante da agilidade dos novos tempos, da necessidade da multifunção, de fazer milhares de cursos, de realizar tantas funções, as pessoas reprimem emoções demais, que acabam explodindo no corpo. “Se há uma profissão que abraçou mesmo essa ideia de multifunção foi o jornalismo. E aí, o colega vira adversário. A redação vive uma espécie de terrorismo às avessas”. Conforme Heloani, esta estratégia patronal de exigir que todos saibam um pouco de tudo nada mais é do que a proposta bem clara de que todos são absolutamente substituíveis. A partir daí o profissional vive um medo constante, se qualquer um pode fazer o que ele faz, ele pode ser demitido a qualquer momento. “Por isso os problemas de ordem cardiovascular são muito frequentes. Hoje, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e o fenômeno da morte súbita começam a aparecer de forma assustadora, além da sistemática dependência química”.

“O jornalista ganha muito mal, vive submetido a um ambiente competitivo ao extremo, diante de uma cotidiana falta de estrutura e ainda precisa se equilibrar na corda bamba das relações de poder dos veículos. No mais das vezes, estes trabalhadores não tem vida pessoal e toda a sua interação social só se realiza no trabalho. Segundo Heloani, 80% dos profissionais pesquisados tem estresse e 24,4% estão na fase da exaustão, o que significa que de cada quatro jornalistas, um está prestes a ter de ser internado num hospital por conta da carga emocional e física causada pelo trabalho. Doenças como síndrome do pânico, angústia, depressão são recorrentes e há os que até pensam em suicídio para fugir desta tortura, situação mais comum entre os homens”.

A pesquisa constatou que nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, 93% dos jornalistas não têm carteira assinada ou contrato. Isso é outra fonte de estresse. Segundo o pesquisador, além da insegurança laboral, o trabalhador ainda é deixado sozinho em situações de risco nas investigações e até na questão judicial. Com todas essas dificuldades, os jornalistas também não têm tempo para a família, para ler, para o lazer, não fazem atividades físicas, mas têm a doença como conseqüência natural.

De acordo com matéria publicada no Portal Imprensa, em 11 de março de 2013, numa pesquisa mais recente concluída em 2012, com mais de 250 jornalistas, aprofundando temas como saúde mental, identidade e subjetividade, e incidência de assédio moral e sexual, Heolani concluiu que nos últimos dez anos, houve aumento, entre os jornalistas, das incidências de depressão, infidelidade conjugal e uso de drogas, principalmente, cocaína e anfetamina, além do fenômeno que ele chama de "naturalização do assédio".

Ao Portal Imprensa, Heloani disse que "hoje, no país, há cerca de seis grandes grupos de comunicação. Ou seja, o jornalista precisa ter muita coragem para fazer uma denúncia formal de assédio se quiser permanecer no mercado. Além disso, trocar de profissão, quando desejado, não é fácil.”

Outro obstáculo apontado pelo pesquisador é a distância entre a experiência real e a representatividade social da profissão. "Enquanto a imagem do jornalista é idealizada e positiva na sociedade, sua vivência diária é precarizada. Isso os torna mais inseguros e frustrados".

Para Heloani, as saídas para os jornalistas enfrentarem essa situação não podem ser individuais, porque são insuficientes. As ações têm que ser coletivas. Como disse na época o então presidente do sindicato catarinense, Rubens Lunge, “é só amparados pelo Sindicato, em ações coletivas, que os jornalistas encontrarão forças para mudar esse quadro”.

Com certeza, todos nós nos identificamos com as situações ralatadas pelo pesquisador. E isso não se restringe aos jornalistas de redação, os assessores de imprensa também têm que se virar para dar conta de tanto trabalho em mais de uma empresa ou instituição, trabalho esse que se estende aos finais de semana em casa, para aumentar a renda da família.

Então, como jornalista, creio que o primeiro passo para enfrentarmos e revertermos essa situação, é reconhecer que somos trabalhadores como outro qualquer e que é assim que vivemos o nosso dia a dia.

Como sindicalista e diretora do Sinjor-PA e militante da Saúde, digo conquistar melhores salários é importante, mas penso que precisamos também avançar muito mais nas cláusulas sociais e de saúde dos acordos coletivos, porque ter um plano de saúde pago pela empresa significa pouco, já que, na verdade, é um plano de doença que só pode ser usado quando o profissional ou algum dependente seu está doente.

Com o apoio da categoria unida e mobilizada e um Sindicato fortalecido, vamos lutar para incluir ações de prevenção de doenças e promoção da saúde física e mental nos próximos acordos coletivos. Faça sua parte, sindicalize-se. O Sinjor-PA está de portas abertas. A hora é agora. Jornalista Vale Mais!



Roberta Vilanova

Jornalista Diplomada Reg.838 DRT-PA

Tesoureira/Sinjor-PA

domingo, 6 de abril de 2014

Repórteres de O Liberal cobram medidas de segurança



Dirigentes do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-Pa) que trabalham no jornal O Liberal se juntaram a outros repórteres do veículo, no último sábado, 5, para cobrar medidas de segurança aos trabalhadores no exercício da profissão por conta da hostilidade dos policiais militares que protestam por melhores salários. Os diretores Enize Vidigal, Dilson Pimentel e Irna Cavalcante foram recebidos junto com outros jornalistas pelo redator chefe Lázaro Morares, que anunciou medidas de proteção aos repórteres.
Desde a sexta-feira, 4, repórteres do jornal O Liberal vem enfrentando a hostilidade de policiais militares, durante a cobertura das manifestações da categoria. Os manifestantes estão insatisfeitos com a linha editorial dada pelo jornal à cobertura da greve. Repórteres fotográficos foram ameaçados de ter os equipamentos tomados e danificados e uma repórter recebeu o recado dos militares para que nenhum jornalista dos veículos de comunicação das Organizações Romulo Maiorana (ORM) fosse ao 6º Batalhão, onde se concentram. A tensão cresceu com a agressão aos repórteres da TV Liberal, Márcio Lins e Jairo Lopes, sendo que Lins desmaiou com um soco na nuca.

Na reunião que contou com a presença de repórteres de plantão e dos diretores sindicais, foram definidas estratégias de cobertura que resguardem a integridade física dos profissionais, dentre elas, a autonomia para que os repórteres abandonem a pauta quando avaliarem que houver situação de risco.

Fenaj e Sinjor-Pa cobram explicação sobre agressão a jornalistas

A agressão física de policiais militares contra a equipe da TV Liberal, durante a cobertura da manifestação por melhores salários, na manhã do último sábado, 5, levou a diretora da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), Priscilla Amaral, a buscar explicações junto aos militares concentrados no 6º Batalhão da PM, onde os manifestantes estão há seis dias. O diálogo ocorreu no final da tarde de ontem. E a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, por meio de Priscilla, cobrou uma explicação pública das associações representativas dos praças.

O estopim da tensão entre militares e jornalistas ocorreu quando o repórter Márcio Lins e o repórter cinematográfico Jairo Lopes foram agredidos. Lins desmaiou após tomar um soco na nuca e Jairo teve que lutar para não ter a câmera subtraída.

"Eu cobrei deles: deem uma resposta para a sociedade. Deem uma resposta para a categoria (jornalistas) porque os jornalistas estão se sentindo todos atingidos pelo que aconteceu. Repassei o recado institucional da Fenaj e do Sinjor-PA. Eles entenderam que a situação está tensa", relatou Priscilla.

Durante a reunião, Priscilla Amaral ressaltou que o ocorrido causou mal estar. “Teve gente que se desculpou. Tem denúncia circulando entre os militares e que me foram repassadas, sobre a identificação e a foto da pessoa que fez isso. Apontaram como sendo da Inteligência da polícia, mas não sabemos se é verdade", observou a diretora.

sábado, 5 de abril de 2014

Sinjor-PA repudia agressão sofrida por jornalistas durante cobertura de manifestação policial

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudia com veemência a agressão sofrida por profissionais da imprensa no exercício de sua profissão. O repórter Márcio Lins e o cinegrafista Jairo Lopes, da TV Liberal, foram agredidos por policiais militares na manhã deste sábado, 5, na rodovia BR-316, durante a cobertura de mais um dia de manifestações dos militares por aumento salarial.

O cinegrafista Jairo Lopes teve o equipamento danificado após ser empurrado por trás. Márcio Lins foi surpreendido com um soco nas costas e chegou a desmaiar com o ataque. A equipe registrou ocorrência na seccional de polícia da Cidade Nova, e em seguida, levada para fazer exames de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

Na sexta-feira, 4, o repórter fotográfico Akira Onuma, de O Liberal, também sofreu empurrões durante a cobertura da mesma manifestação. Militares ameaçaram tomar o equipamento e o jornalista teve que deixar o local às pressas para preservar sua integridade física.

O Sindicato, na condição de entidade de defesa dos direitos dos trabalhadores, entende que o movimento dos policiais é legítimo, porém, considera inadmissível o uso da violência em que trabalhador agrida trabalhador.

O governo do Estado na condição de gestor público, precisa apurar o caso para apontar e punir os responsáveis. Na mesma medida, os veículos de comunicação, que não garantem isenção na linha editorial, devem ser igualmente responsabilizados pela integridade física dos seus funcionários, como é o caso das Organizações Rômulo Maiorana. É imprescindível a garantia de segurança das equipes que trabalham na cobertura deste tipo de reportagem, com equipamentos apropriados, evitando assim, a exposição dos profissionais.

As agressões contra jornalistas vêm crescendo drasticamente, recebendo a condenação, inclusive, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A luta contra a censura foi uma ferramenta decisiva da sociedade brasileira contra a ditadura militar. Não podemos permitir que seja cerceado o direito da população à informação, tampouco o impedimento do trabalho dos profissionais que levam diariamente as notícias à sociedade.

Contra a violência e pela liberdade de imprensa. Jornalista Vale Mais!

SINDICATO DOS JORNALISTAS DO PARÁ

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Duas chapas disputam as eleições para a diretoria do Sinjor-PA

As eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) serão disputadas por duas chapas: A Chapa 1 - “Sou Mais Sinjor: Jornalistas, é hora de somar!”, encabeçada pela jornalista Roberta Vilanova, atual diretora da entidade e pelo repórter cinematográfico, João Freitas, candidato à vice-presidência, e a Chapa 2 “Mudança Já! Sindicato é para lutar!”, registrada e aprovada pela Comissão Eleitoral na tarde desta sexta-feira, 04.

Assim como a Chapa 1, a Comissão Eleitoral informa que a Chapa 2 “Mudança Já! Sindicato é para lutar!”, com a jornalista Helena Palmquist, candidata à presidência, e Elcimar Neves à vice-presidência, está de acordo com os requisitos legais do Regimento Eleitoral, portanto, apta à participar do pleito eleitoral do dia 11 de junho, que escolherá a nova diretoria do Sindicato, para o triênio 2014/2017.

Conforme o Regimento Eleitoral, para votar, o jornalista precisa ser associado há pelo menos seis meses antes da realização do pleito, e estar em dia com suas obrigações sindicais até 45 dias antes das eleições. Para regularizar a sua situação, o associado pode se dirigir ao Sinjor e negociar sua contribuição, caso esteja atrasada.

Os jornalistas que se encontrarem desempregados, com isenção da mensalidade sindical por um período de seis meses, devem apresentar documentos comprobatórios e solicitação por escrito à diretoria do Sinjor-PA, conforme prevê o Estatuto.

No dia da votação, os documentos válidos para identificação do eleitor são as carteiras originais de trabalho e Previdência Social, identidade, carteiras do Sinjor-PA e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e a carteira nacional de habilitação. As eleições ocorrerão no dia 11 de junho e o prazo para o registro das chapas termina do dia 02 de abril.

A Comissão já recebeu autorização para a instalação das urnas receptoras dos votos dos jornalistas aptos ao pleito eleitoral. Serão três urnas fixas distribuídas na sede do Sinjor-PA, e nas redações dos jornais Diário do Pará e O Liberal. Também está autorizada a urna itinerante, que vai percorrer as redações da TV Record, Fundação Paraense de Radiofusão (Funtelpa), TV Record e TV Liberal. A Comissão Eleitoral marcou para a próxima terça-feira, 08, às 15h, uma reunião na sede do Sinjor, com os representantes de cada chapa.

Confira a lista completa dos jornalistas que compõem a Chapa 2, das eleições do Sinjor-PA

CARGO
NOME
Diretor-Presidente
Helena Palmquist
Vice-Diretor
Elcimar Neves
Secretário geral
Felipe Melo
1º Tesoureiro
Max Costa
2º Tesoureiro
Sandra Rocha
1º Sec. do Interior
Lene Santos
2º Sec. do Interior
Adison Ferrera
1º Sec. Mob. Formação Sindical
Jecyone Pinheiro
2º Sec. Mob. Formação Sindical
Daniele Brabo
1º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Elias Santos
2º Sec. Sind. Regis. e Fisc. do Exercício Profissional
Fátima Gonçalvez
Primeiro Suplente
Herbert Marcus
Segundo suplente
Brenda Taketa
Terceiro Suplente
Marly Quadros

DELEGADO JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS
Titular
Paulo Roberto Ferreira
Suplente
Rose Gomes

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO EVENTO E CULTURA
1º membro
Élida Galvão
2º membro
Cláudia Saldanha
3º membro
Thiago Araújo

COMISSÃO DE ÉTICA E LIBERDADE DE IMPRENSA
1º Titular
Carlos Boução
2º Titular
Joice Santos
3º Titular
José Rayol
4º Titular
Silvaneide Guedes
5º Titular
Alexandre Lins
1º Suplente
Leidemar Oliveira
2º Suplente
Ismar Antônio
3º Suplente
Rosane Steinbrenner
4º Suplente
Amanda Aguiar
5º Suplente
Mário Pinto de Paiva
CONSELHO FISCAL
1º Conselho Fiscal
Cleide Magalhães
2º Conselho Fiscal
Antônio Cícero
3º Conselho Fiscal
Ieda Jucá
1º Suplente Conselho Fiscal
Danielle Franco
2º Suplente Conselho Fiscal
Leonardo Fernandes