Durante visita à Funtelpa, o procurador Hideraldo Luiz Machado, responsável pela apuração das denúncias, reuniu-se com a presidente em exercício Lícia Rosendo e com o procurador da Fundação, Fabrício Oliveira. Machado apresentou as denúncias e também ouviu depoimentos de duas jornalistas, que confirmaram os fatos.
Com base em auditoria já realizada, o procurador constatou que a Funtelpa está com o registro de horas desorganizado. Os profissionais não estão registrando ponto, uma vez que não há comprovação de presença durante o mês inteiro e recebem salário sem nenhuma justificativa formal. Machado fotografou uma lixeira com vários comprovantes de ponto no seu interior. Ele alertou a Funtelpa para que cobre dos profissionais a assinatura de ponto, pois a compensação da jornada não pode ser feita apenas em acordo, precisa ser amparada por procedimentos legais.

Seguindo recomendação do MPT, Fabrício Oliveira se comprometeu a fazer um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e a iniciar negociação para um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com o Sinjor. Ficou acertado que será agendada uma reunião com a entidade sindical na próxima semana. “Com isso, vamos iniciar uma conversa oficial com o Sindicato dos Jornalistas para começarmos as negociações”, disse Oliveira.
O Sinjor vai elaborar uma minuta do ACT e submeter à apreciação dos trabalhadores da Funtelpa. As cláusulas contemplarão a determinação da jornada de trabalho e a definição de um banco de horas para regulamentar as horas extras dos jornalistas da Funtelpa. Também serão incluídos os profissionais que exercem a função de repórter cinematográfico, porém, suas carteiras profissionais ainda estão assinadas como operador de VT, função já extinta.
O Sinjor participou da inspeção a convite do MTP. A entidade foi representada pela presidente recém-eleita, Roberta Vilanova, pela secretária-geral Enize Vidigal e pelo assessor jurídico do Sindicato, Adriano Alves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário