Selecione o idioma

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sinjor repudia agressão ao apresentador de TV Raphael Polito

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor/PA) vem a público alertar a sociedade sobre os perigos aos quais os jornalistas do nosso Estado têm sido expostos. Muitas vezes, vitimas da subordinação de uma linha editorial questionável e perigosa, imposta pelos empregadores aos trabalhadores da nossa categoria.

Nesta segunda-feira, 26, o jornalista e apresentador do programa Cidade Alerta, da TV Record Belém, Raphael Polito, sofreu um atentado quando chegava para trabalhar na emissora, no início da tarde. Ao descer do carro, foi surpreendido por um homem armado de faca que correu em sua direção sem falar nada, para atingi-lo. O episódio não tem característica de tentativa de assalto.

Raphael Polito conseguiu se esquivar porque viu o reflexo do homem no carro, mesmo assim, foi ferido no braço. O homem conseguiu fugir. Vale lembrar que o jornalista comanda um programa de linha policial, no qual precisa comentar o que é exibido. Sabemos que faz parte da função do jornalista denunciar, expor o que está errado, e até mesmo emitir opinião sobre alguns fatos. Porém, este Sindicato repudia a linha editorial adotada por programas deste formato, que em tom de humor e de total desrespeito ao outro (supostos autores de crimes), viola os direitos humanos e expõe os jornalistas a atos de extrema violência como o que ocorreu na tarde de hoje.

O Sindicato não só levanta essa questão, como também denuncia e condena a prática do jornalismo sensacionalista, que contempla somente a briga pela audiência, o lucro das empresas em detrimento de uma remuneração digna e condizente com a atividade jornalística.

É sabido que essas condições são vivenciadas na grande maioria das empresas de comunicação do Pará, uma vez que repórteres, cinegrafistas, auxiliares, apresentadores (âncoras) e até quem trabalha nos bastidores, como editores e produtores, estão vulneráveis e não dispõe da proteção adequada para a cobertura diárias de matérias policiais, assim como não recebem gratificação por periculosidade. Isso contribui para que o nosso Estado registre um dos maiores índices de violência praticada contra jornalistas, assumindo a liderança entre os estados brasileiros.

Nesse sentido, o Sindicato dos Jornalistas reitera a defesa do jornalismo de interesse público, que garante qualidade da informação, o respeito aos direitos humanos e, sobretudo, a ética profissional, na busca pela verdade.

Por último, o Sinjor se solidariza com o jornalista agredido e pede o apoio da população, para se unir na defesa dos jornalistas, por mais segurança pública e respeito à ética profissional, como o caminho legítimo para construirmos uma sociedade mais justa e garantidora dos direitos de todos, dentre eles, o acesso à informação, sem colocar em risco o seu maior direito do ser humano – o direito à vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário